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MG: travesti que pôs silicone industrial é operado

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Portal Terra

RIO - O travesti de 43 anos que fez um implante de silicone de uso industrial foi submetido, nesta quinta-feira, a mais uma cirurgia plástica reparadora. Ele está internado no pronto-socorro de Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais, desde o último dia 21 de maio.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde da cidade, ainda não há uma previsão de quantas cirurgias serão necessárias para a remoção dos 4 l de silicone, bem como para a retirada de todos os tecidos mortos. Até o momento, o paciente já foi operado seis vezes.

O travesti é acompanhado por uma equipe formada por um proctologista, um urologista e um cirurgião plástico. Uma mulher que também teria aplicado 2 l do produto morreu no último dia 2 de infecção generalizada.

Segundo os médicos, os dois pacientes realizaram aplicações de silicone na região glútea. A dançarina e o travesti teriam aplicado um produto cujo frasco pequeno é vendido em supermercados por cerca de R$ 5 para uso doméstico, como impermeabilizaçao de boxes de banheiro e limpeza de carros.

Ainda segundo a direção do hospital, o travesti teria dito que ele e a dançarina fizeram as aplicações no mesmo dia. Outras duas pessoas também estão em tratamento em Juiz de Fora devido à utilização do mesmo produto com fins estéticos.

Segundo o cirurgião plástico Maurilho Tadeu Dornelas, após aplicado, o silicone industrial fica no local por pouco tempo.

- O fato da substância ser aplicada em gel ou em lí­qüido faz com que, com o passar do tempo, ela vá se espalhando para outras regiões do organismo. Isso não acontece com as próteses adequadas - explicou.

A Polí­cia Civil informou que já sabe quem é o suspeito de ter aplicado o silicone nos dois pacientes. Ele seria um travesti conhecido em Juiz de Fora como Paula, e que teria morado com o colega internado. A polí­cia suspeita que, ao saber da morte da dançarina, ele teria fugido para Maceió(AL), onde tem casa.

Segundo a delegada Sônia Parma, da Delegacia de Mulheres, a prisão preventiva do suposto responsável pelas aplicações poderá ser pedida a qualquer momento.

- Nós já temos provas para indiciá-lo por lesão corporal gravíssima e homicídio - afirma.