Agência Brasil
BRASÍLIA - O líder do PSDB no Senador, Arthur Virgílio (AM), defendeu que o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), seja ouvido antes de ser condenado. - A democracia exige direito de defesa amplo e a liderança de um partido como o PSDB me impõe a responsabilidade de ouvir com sobriedade - afirmou Virgílio.
Para ele, as denúncias divulgadas pela revista Veja dificultam a defesa do presidente do Senado. Renan Calheiros foi acusado pela revista de ter contas particulares e campanhas eleitorais pagas por Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior. - As denúncias são desagradáveis e se confirmadas seriam gravíssimas. É preciso que no discurso ele [o presidente do Senado] também aborde esse ponto com clareza.
Está previsto para hoje, às 15h30, um pronunciamento de Renan Calheiros no plenário do Senado. Questionado sobre a permanência do alagoano à frente da presidência, Arthur Virgílio disse esperar que ele consiga se explicar bem e contornar a situação. - Se uma mera denúncia significasse que alguém tivesse que renunciar ao cargo ou renunciar a presidência do Congresso, aí eu trocaria logo de profissão, passaria a escrever denúncias.
Ao comentar a situação do governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), que está sendo investigado pela Polícia Federal por suposto envolvimento no esquema desmontado pela Operação Navalha, o líder do PSDB disse que o nome do governador foi citado de maneira muito superficial nisso tudo . - Teotônio Vilela é uma figura que merece a confiança do partido.
Na semana passada, o governador de Alagoas determinou a realização de uma auditoria pela Controladoria-Geral do Estado em todos os processos que envolvam a construtora Gautama, na qual o dono e funcionários são acusados de desviar recursos de obras públicas em vários estados.