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Acusados de ataques estariam presos sem reforço em ES

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Portal Terra

VITÓRIA - Cinco presos, considerados os mais perigosos do Estado, estão juntos há dois meses em regime disciplinar diferenciado no Instituto de Reabilitação Social (IRS), no Complexo da Glória, em Vila Velha, município da região metropolitana de Vitória. De acordo com agentes penitenciários que trabalham no local, os cinco estão detidos sem qualquer reforço no policiamento da instituição. O IRS reúne detentos em processo de reinserção social.

Cleveland Moreira Júnior, Fábio Lima de Souza, o Pretinho, Alair Pontes Sobrinho, conhecido como Alair Bracinho, Derly de Almeida Júnior, o Di Menor e Gilmar de Assis Vinco estão no Espírito Santo há 60 dias. Entre outros crimes, os presos são acusados de comandar a queima de ônibus na Grande Vitória e rebeliões nas penitenciárias capixabas.

Fábio Lima de Souza, o Pretinho e Alair Pontes Sobrinho, o Alair Bracinho, chegaram a ser transferidos para a Bahia, no ano passado. A transferência aconteceu após a megarrebelião no Presídio de Segurança Máxima de Viana, também na região metropolitana de Vitória. Os dois, que são apontados pela polícia como os chefões dos presídios, retornaram ao Espírito Santo no início deste ano. Antes de serem transferidos para o IRS eles permaneceram na carceragem da Polícia Federal, em São Torquato, Vila Velha.

De acordo com o secretário de Estado da Justiça, ngelo Roncalli, o retorno dos dois ao Espírito Santo só aconteceu porque o prazo de permanência deles na Bahia acabou. O secretário ainda informou que eles só irão sair do IRS após a finalização das obras do Presídio de Segurança Máxima de Viana.

"A permanência deles no IRS é temporária. Eles vão para a s novas unidades do Presídio de Segurança Máxima de Viana. Mas elas só vão ser ocupadas quando nós terminarmos o processo de licitação, que já está na segunda das três etapas. Estamos terceirizando os serviços. A empresa tem de 30 a 40 dias para começar a operar no presídio", explicou.

O secretário ainda informou que o procedimento foi feito de comum acordo com o Ministério Público Estadual e com a Vara de Execuções Criminais e que os presos estão sob a custódia da Polícia Militar (PM). Os presos estão em cinco celas diferentes. Todos estão separados dos demais detentos do IRS.

"Não há o menor possibilidade de contato com os outros presos. Foi feito um reforço nas celas e como nós não queríamos que esses presos tivessem contato com os demais, nós pedimos que a PM fizesse a guarda deles, e isso vem sendo feito sem o menor problema", disse Roncalli.

A visita de familiares acontece em dias e horários diferentes dos demais presos. "Os detentos estão tranqüilos. Eles estão em celas individuais, recebem a visita das esposas, dos filhos, dos advogados. Todos são devidamente cadastrados e autorizados. Não tem motivo para estarem insatisfeitos. Não recebemos nenhuma reclamação de familiares deles", contou o secretário.

Por motivos de segurança, agentes penitenciários que atuam no presídio, foram impossibilitados de entrarem na área em que os cinco estão detidos. Somente um grupo de policiais militares tem acesso a eles. Vários agentes protestam contra a medida da Secretaria de Estado da Justiça e afirmam que no local não há segurança suficiente. O secretário rebate a afirmação. "A reclamação dos agentes é sem fundamento. Essa foi uma decisão da secretaria, não há o que discutir com os agentes", concluiu.

Crimes

Cleveland Moreira Júnior é acusado, entre outros crimes, de roubo de carga; Gilmar de Assis Vinco é acusado de assalto a banco; Derly de Almeida Júnior, o Di Menor, foi preso por homicídio, roubo, seqüestro e tráfico de drogas e Cleveland Moreira Júnior, é acusado de formação de quadrilha e organização criminosa, roubo e tráfico de drogas.

Cleveland, em parceria com Fernando Cabeção, Toninho Pavão e Alair Bracinho foram indiciados no ano passado por serem os responsáveis em comandar incêndios a ônibus na Grande Vitória.