BRASÍLIA - O governo pode vetar parte do projeto de lei que reestrutura as carreiras dos servidores do Poder Judiciário. O anúncio foi feito pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, na saída de audiência pública da CPMI dOs Sanguessugas. A liderança do governo calcula em R$ 5 bilhões os gastos originados pelo projeto.
A equipe econômica ainda analisa o impacto das emendas dos parlamentares ao projeto original, aprovado pela Câmara e Senado em setembro. O texto dependia da aprovação de um crédito suplementar de mais de R$ 1,7 bilhão, o que ocorreu nesta terça-feira no plenário do Congresso, beneficiando também servidores do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público. O crédito suplementar está dividido da seguinte forma: R$ 104,8 milhões para o TCU; R$ 582,8 milhões para o Judiciário; R$ 87,7 milhões para o Ministério Público; e R$ 995 milhões para o Poder Executivo.
O ministro informou que tanto o Executivo quanto o Judiciário já chegaram à conclusão de que não será possível pagar algumas das novas gratificações criadas. Paulo Bernardo citou o exemplo de uma gratificação que, sozinha, eleva os gastos em mais de R$ 300 milhões. Ele disse que o governo é favorável ao aumento salarial para os servidores do Judiciário, mas garante que o projeto terá de sofrer correções. Com informações da Agência Câmara.