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MST mantém ocupação no Incra-SP e deixa prédio do Itesp

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Agência Brasil

SÃO PAULO - O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) decidiu, no início da noite desta terça-feira, manter a ocupação do prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra-SP), pelo menos até amanhã. A ação foi iniciada na manhã de hoje. Aproximadamente 200 integrantes do movimento devem pernoitar nas dependências do instituto, na região central da capital paulista. As informações são da assessoria de imprensa do MST.

Dirigentes do movimento tinham a intenção de se reunir com representantes do Incra paulista para apresentar uma série de reivindicações do movimento. Como os representantes do instituto não se encontravam em São Paulo, o MST decidiu permanecer no local. O movimento emitiu nota afirmando que os sem-terra acampados no Incra vão continuar no prédio até que sejam recebidos pelo superintendente do órgão em São Paulo, Raimundo Pires Silva.

Várias áreas (para desocupação) estão paradas na Justiça, há muita demora, e essa ocupação aqui é no sentido de dar mais agilização na reforma agrária, afirma Cláudia Praxedes, integrante da direção estadual do movimento.

Em nota distribuída à imprensa no período da manhã, o MST alega, entre outras coisas, que o Incra não tem atuado no sentido de viabilizar e estruturar os assentamentos para a produção de alimentos, uma vez que a reforma agrária não termina com a distribuição de lotes entre famílias.

O movimento cobra ainda mais agilidade do órgão na desapropriação de áreas improdutivas, que, segundo o MST, não estariam cumprindo sua função social.

Procurados pela reportagem, os dirigentes do Incra-SP não se pronunciaram.

O MST decidiu no início da noite, no entanto, deixar as instalações do Instituto de Terras de São Paulo (Itesp), também ocupado nesta manhã em São Paulo, depois de receberem dos representantes da entidade a garantia de que seriam recebidos ainda esta semana pelo governado paulista, Cláudio Lembo, segundo informou a assessoria de imprensa do MST.

Procurados pela reportagem, os representantes do Itesp também não se pronunciaram.