BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve incorporar o PDT à coalizão de governo para o segundo mandato, com participação desse partido no conselho político. Lula fez o convite à direção do PDT nesta terça-feira e a tendência da legenda é aceitá-lo, segundo o presidente do partido, Carlos Lupi.
- A reunião com o presidente foi um reencontro. Retomamos o fio da história comum ao PDT e ao PT e às nossas lutas - afirmou Lupi depois de audiência no Palácio do Planalto.
Na disputa presidencial, o PDT lançou o senador Cristovam Buarque (DF) como candidato, que obteve menos de 3% dos votos válidos, e manteve oficialmente posição de independência no segundo turno. A decisão de apoiar o governo Lula será formalizada na próxima semana pela executiva do PDT. Segundo o presidente da legenda, Lula comprometeu-se a não apresentar nenhuma proposta de reforma da previdência pública. Esta era uma exigência do partido para apoiar o governo.
- Lula disse que pretende melhorar a arrecadação e a eficiência do sistema, mas não passa pela sua cabeça retirar direitos dos trabalhadores - declarou.
Com a adesão do PDT, passam a ser seis os partidos na coalizão proposta por Lula, que já inclui PT, PMDB, PSB, PCdoB e PRB. O presidente também terá apoio de PTB, PL e PP. A assessoria do Planalto não confirmou um encontro que Lula planejava ter nesta terça-feira com a direção do PV. (Reuters)