Agência Brasil
BRASÍLIA - O presidente interino do Partido dos Trabalhadores (PT), Marco Aurélio Garcia, disse nesta segunda-feria que o partido está disposto a negociar com os aliados a candidatura à presidência da Câmara dos Deputados. Ressaltou que será obsessão do governo e dos partidos aliados chegar a um candidato único.
Segundo ele, a bancada do PT considera que tem deputado qualificado para ocupar o comando da Câmara, mas não está irredutível.
- É um problema que o PT não resolve sozinho. A eleição da presidência da Câmara deve corresponder também a essa política de coalizão mais ampla que estamos propondo e começando a implementar - disse após participar do encontro da comissão política do PT com o ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, no Palácio do Planalto.
- O que haverá concretamente são negociações da parte da bancada petista com as outras bancadas para tentar encontrar uma solução política. Nós queremos enfatizar que não há nenhum conflito a esse respeito. Mesmo que houvesse opiniões diferenciadas, o que não é o caso das nossas opiniões, nós estamos abertos a qualquer solução e temos certeza que a bancada petista também estará aberta - acrescentou.
Garcia disse que o governo não quer que a eleição seja turvada, complicada ou represente um conflito entre os poderes Executivo e Legislativo.
Sobre o interesse do PMDB e do PC do B em ocupar a vaga, ele respondeu que os partidos ainda não confirmaram esse desejo.
- Nem o PMDB disse que quer, nem o PT disse que quer e nem o PC do B disse que quer. O que os três partidos disseram, o que é normal que digam, é que possuem nomes de alta qualidade. Como se trata de uma solução de conciliação, é normal que haja processo de discussão e de concertação em torno de um nome.
Questionado quem seria o candidato favorito do presidente Lula, Garcia respondeu:
- Ele não externou isso para mim. Eu acho que o preferido do presidente Lula é aquele que a base de sustentação do governo escolher. Isso eu tenho absoluta certeza.
O presidente interino do PT informou que os petistas pretendem revigorar o Conselho Político, que atuou durante a campanha de reeleição de Lula. Segundo Garcia, o conselho será composto por representantes do PMDB, PC do B, PSB, PRB e PV.