Agência Brasil
BRASÍLIA - Lideranças e organizações indígenas estão discutindo com representantes de museus de diversos países formas de conservação do patrimônio indígena. Entre esta segunda-feira e a próxima quarta, eles trocarão experiências de preservação da cultura indígena durante o 1º Seminário Internacional sobre Patrimônios e Museus Indígenas, em Brasília. O seminário trouxe representantes da Alemanha, México, Canadá, Peru, Colômbia, França, Nova Zelândia, além dos representantes de diversas regiões do Brasil.
A diretora do Memorial dos Povos Indígenas, sede do evento, Sandra Welington, lembra que a herança deixada pelos índios não se resume às peças feitas por artistas nativos que estão em museus e destaca a sua importância.
- Muita gente ainda acha que a cultura indígena acabou, que só está preservada em museus. Mas para que isso não seja verdade, o museu tem que ser vivo, tem que envolver os índios - afirma.
O evento também é organizado pelo Museu Nacional do Indígena Americano (NMAI), que estuda a cultura, religião, história, literatura e arte dos índios na América do Norte e Central. Um dos representantes do NMAI que estão participando do encontro, o administrador do departamento cultural de pesquisas, Ramiro Matos, salientou a importância do encontro.
- Em tempos modernos os indígenas estão desaparecendo e o nosso propósito com este simpósio é resgatar o pouco que sobra dos povos indígenas e reconhecê-los como sujeitos pensantes - disse.