ASSINE
search button

Embrapa propõe a industriais parceria em inovação científica

Compartilhar

Agência Brasil

SÃO PAULO - O Brasil deverá definir no próximo ano os projetos, a serem desenvolvidos por estatais e empresas do setor privado, de criação de produtos voltados para o agronegócio, principalmente na área de alternativas aos combustíveis fósseis.

O objetivo é unir o conhecimento científico e tecnológico das instituições de pesquisa pública com a experiência de negócios do setor privado, a fim de reduzir a dependência externa no avanço produtivo, explicou o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvio Crestana.

Na primeira reunião oficial do Conselho Superior de Agronegócio (Cosag) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), criado há um mês, Crestana informou que para reduzir essa dependência seria criada uma empresa - nos moldes da chamada Empresa de Propósito Específico - com participação minoritária do setor público (até 49% do capital), conforme as regras estabelecidas pela Lei de Inovação, de dezembro de 2004.

A proposta formal dessa parceria deverá ser encaminhada à Fiespe até 15 de janeiro de 2007 e segundo Crestana, já existem vários interessados, como a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, o Banco do Brasil, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Itaipu Binacional. Essas empresas integram o Consócio Nacional da Agroenergia, criado em abril deste ano.

- A proposta é uma novidade institucional e o que nós (Embrapa) queremos, nessa união com o setor público, é transformar o conhecimento em riqueza, gerando emprego e renda - argumentou o presidente da estatal.

- Além da agroenergia - acrescentou - há intenção de desenvolver medicamentos para a sanidade animal, como uma vacina contra a febre aftosa ou brucelose, com variante mais tolerante à exposição em temperatura ambiente - as atuais têm de ser conservadas a baixa temperatura.

Crestana apontou ainda a necessidade de se buscar uma variedade de cana resistente ao clima cada vez mais quente e sujeito a longas estiagens.

- O que nós queremos é seguir a orientação da Lei de Inovação para juntar o conhecimento tecnológico com o conhecimento empresarial - disse.