Redação Terra
SÃO PAILO -
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado que, no seu segundo mandato, será o momento de cobrar responsabilidade do PT e pediu aos militantes que se esforcem para que o partido volte a ser exemplo para o País.
- Sair da encalacrada que nós saímos, não nos dá liberdade e sim obrigação de sermos muito mais exigentes com o movimento, cobrar muito mais de nós mesmos - disse Lula, durante reunião do Diretório Nacional do PT em São Paulo.
Para Lula, o PT conseguiu superar um grave momento de crise e, depois de muitos acreditarem que a legenda tinha acabado, ela "ressurgiu das eleições tão ou mais forte do que antes". Segundo ele, é preciso evitar que as coisas se repitam e, por isso, o que quer agora é falar do futuro.
O presidente disse que um dos pontos a ser aprimorados é acentuar a participação direta em todos os assuntos relacionados ao seu governo.
- Quero participar, não quero ficar sabendo das coisas pela imprensa, quero uma participação mais direta - afirmou.
Em uma autocrítica ao primeiro mandato, Lula disse que, a partir do ano que vem, será o momento de corrigir os defeitos encontrados e aprimorar as coisas que não deram certo. Porém, ele ressaltou que, agora, não terá mais de se comparar aos oito anos governo de Fernando Henrique Cardoso.
- Nós vamos tomar posse em 1º de janeiro e não vamos mais nos comparar ao governo passado e sim aos nós mesmos. Se em quatro anos nós já batemos os oito deles, só nos resta isso - afirmou. - Vamos fazer o segundo governo que até o PT vai gostar.
Lula defendeu a coalizão entre os partidos para o próximo ano e afirmou que ainda não definiu nomes para os ministérios. Segundo ele, o momento atual é para consolidar a relação com outros partidos políticos, com o movimento sindical e com entidades da sociedade civil.
O presidente admitiu que pode haver divergências no próximo mandato, mas disse que isso terá de ser contornado.
- Vamos ter de tomar decisões políticas que podem descontentar uns, ou outros, mas teremos de tomar - declarou.
Segundo ele, é preciso unir esforços para "destrvar" o País e fazer a economia crescer.
Por fim, Lula agradeceu àqueles que confiaram em sua vitória no segundo turno das eleições e disse só venceu devido à mobilização do povo.
- O povo não nos abandonou, quando muitos imaginavam que estava tudo perdido, o povo assumiu a responsabilidade - disse.
Lula disse ainda que teme uma adesão em massa ao partido e, com isso, a entrada de pessoas que queiram apenas se aproveitar:
- A gente tem de olhar essa volúpia de gente que quer entrar no partido. Precisamos nos especializar mais nisso aí, estando no governo, muita gente quer entrar no partido. Assim como há muita gente boa, há também mas muita gente que quer se aproveitar.