EFE
SÃO PAULO - Um advogado matou nesta sexta-feria a tiros um Promotor de Justiça em pleno tribunal para evitar a retomada de um processo no qual era acusado de tentativa de homicídio de um prefeito, disse o Ministério Público.
O autor dos disparos, João Bosco Guimarães, foi detido logo após sair do local do crime, que aconteceu no Tribunal de Marapanim, uma cidade próxima a Belém.
Segundo o Ministério Público, o Promotor de Justiça Fabricio Ramos Couto foi assassinado em uma tentativa de impedir que a vítima retomasse um processo contra João Bosco Guimarães por tentativa de homicídio do prefeito de Marapanim.
O detido, que prestou depoimento e permanece preso na delegacia da vizinha cidade de Castanhal, advertiu que 'mataria quem se intrometesse no caso'.
Após o crime, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) emitiu um comunicado manifestando sua indignação pelo crime e pedindo às autoridades competentes que tomem as medidas necessárias para punir o advogado, que estava armado com dois revólveres no momento de sua detenção.
O presidente da ANPR, Sebastião Vieira Caixeta, protestou porque "não é a primeira vez que um funcionário é assassinado ou sofre um atentado', e assegurou que 'casos assim precisam de punições exemplares'.