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Controladores apontam falha no sistema e de pilotos em acidente

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SÃO PAULO - Os três controladores de vôo que trabalhavam no momento do acidente entre um Boeing da Gol e um jato Legacy confirmaram, nesta quinta-feira, o que seus colegas já haviam dito sobre a existência de um ponto cego no espaço aéreo. Eles alegaram ainda que os pilotos do jato não emitiram um código de emergência internacional que poderia ter evitado a tragédia.

- Houve a confirmação do que outros controladores já haviam dito sobre falha de radar e falha de comunicação na área do acidente - disse à Reuters o advogado Fabio Tomás Souza, que representa os controladores. Ele acrescentou que os pilotos do jato Legacy não acionaram um código internacional de segurança após as tentativas frustradas de comunicação com os controladores o que, segundo o advogado, seria o procedimento em caso de problemas de comunicação.

- Isso contribuiu diretamente para o acidente. Se eles tivessem acionado, provavelmente o centro de controle de Manaus teria emitido sinais anticolisão. Se eles não obtiveram resposta dos controladores, eles teriam que ter acionado.

Os três controladores foram ouvidos pela PF no inquérito que investiga as causas do acidente, o pior da história da aviação brasileira. Antes deles, já haviam sido ouvidos outros dez controladores ao longo desta semana. (Reuters)