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Para polícia, morte de Celso Daniel não foi crime político

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Portal Terra

SÃO PAULO - A Polícia Civil de São Paulo concluiu que não existem provas de crime político na morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, há quase cinco anos. Daniel foi morto a tiros após ter sido seqüestrado na Vila das Mercês, zona Sul de São Paulo, em 20 de janeiro de 2002.

O corpo de Celso Daniel foi encontrado em uma estrada da cidade de Juquitiba, Grande São Paulo, com marcas de tiros no rosto e no peito, dois dias depois.

Responsável pelas investigações, a delegada Elizabete Sato, titular do 78º Distrito Policial de São Paulo, afirma em documento enviado à Justiça e ao Ministério Público, que a suspeita de crime político não se sustenta por falta de provas. De férias, a delegada não foi encontrada para comentar a conclusão do inquérito.

Cerca de dois anos após a morte de Celso Daniel, um primeiro inquérito policial concluiu que a morte do prefeito foi um crime comum. Para a polícia, Celso foi vítima de um seqüestro relâmpago e morto por que os bandidos assustaram-se ao perceber a importância da vítima e ver a repercussão nacional do caso. A polícia prendeu seis envolvidos no seqüestro e assassinato do prefeito, inclusive um menor acusado de ser o autor dos disparos que mataram Celso.

O Ministério Público, no entanto, discordou do inquérito policial que determinou crime comum no caso. Em novembro de 2003, o empresário Sérgio Gomes, o Sombra, foi indiciado acusado de ser o mandante do crime.

De acordo com o MP, Sombra teria ordenado a morte de Celso para evitar que o prefeito impedisse um esquema de corrupção na prefeitura de Santo André, que envolvia membros do governo municipal e empresários do setor de transportes.

Nesta segunda investigação, a delegada trabalhou no caso por cerca de um ano. A ordem para o trabalho partiu da Secretaria de Segurança Pública, que se prontificou a apurar denúncias dos irmãos do prefeito, que acreditam em crime político.