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Lula diz que Brasil poderá ganhar com coalizão partidária

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Agência Brasil

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na noite desta quarta-feira, no Palácio do Planalto, após a confirmação do apoio do PMDB, dada pelo presidente do partido, Michel Temer, que 'a coalizão que estamos construindo vai permitir que cheguemos a um consenso, em que o Brasil possa ganhar com isso'. E acrescentou:

- Temos todos que ter consciência de que, quanto mais acertarmos na política e na economia, mais o Brasil ganhará; quanto mais nós errarmos, mais o Brasil perderá.

Lula disse ter ficado 'muito satisfeito' após o encontro com líderes do PDMB, que considerou 'histórico'. Destacou que, 'conforme todo mundo sabe, desde 2002 queríamos fazer uma política de aliança mais forte com o partido, mas problemas internos não permitiram.

Segundo o presidente, Michel Temer disse que levaria seus planos à Executiva do partido, mas que já tinha consultado várias integrantes que manifestaram concordância'.

Lula lembrou que tem discutido 'a desobstrução do país, no que diz respeito à infra-estrutura, ao saneamento básico, e quanto à capacidade de investimento do país, para que no começo de 2007 estejamos sem os problemas do passado e com problemas novos.

Indagado sobre reforma ministerial para o próximo mandato, o presidente afirmou:

- Acabei de ganhar uma eleição com o time que está aí. Então, na hora em que eu entender que deva fazer alguma mudança, farei. Mas não tenho pressa. E destacou que o objetivo do governo é, primeiro, desobstruir as travas que estão emperrando o desenvolvimento: hoje estamos com estados e municípios travados e existe na legislação um monte de regras que impedem essa liberação. De acordo com Lula, a meta é discutir com o Congresso Nacional 'quais as mudanças de regras que podem ser estabelecidas, para que o pais cresça com muito mais eficácia e para atender às necessidades do povo brasileiro.

O presidente participou da solenidade de entrega de 11 prêmios aos melhores gestores da merenda escolar do país, que marcou a abertura do 3º Encontro Nacional do Programa Nacional de Alimentação Escolar, promovido pelo Ministério da Educação. Segundo o ministro Fernando Haddad, as irregularidades nessa área estão hoje em cerca de 1% do que foi encontrado em 2003. Ele destacou que 37 milhões de crianças são atendidas com a merenda escolar, incluindo crianças até 3 anos de idade, faixa que não era contemplada antes.

- Essa é a idade mais crítica para a alimentação infantil - disse.