Agência Câmara
BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, disse nesta terça-feira, em reunião com representantes da Associação Nacional dos Médicos Residentes, que tentará colocar em votação o mais rápido possível o Projeto de Lei 7561/06, que reajusta em 30% a bolsa-auxílio dos médicos residentes.
O secretário-executivo da entidade, Aníbal Pereira Abelin, informou que os residentes estão em greve desde 1º de novembro e pedem reajuste de 53,7% - índice que, segundo ele, corresponde a perdas acumuladas desde 2001.
A bolsa paga aos residentes (médicos formados que fazem uma especialização) hoje vale R$ 5 por hora, e a carga horária máxima de trabalho desses profissionais é de 60 horas semanais.
Segundo a associação, o reajuste de 30% previsto no projeto seria uma solução emergencial e uma condição para o fim da greve.
- Os residentes não estão conseguindo sobreviver com o atual valor da bolsa, e procuram rendas paralelas. Isso prejudica o atendimento aos pacientes e a própria formação do médico - disse Abelin.
A associação, de acordo com ele, representa 17 mil profissionais que atendem cerca de 70% dos pacientes do SUS.