JUSTIÇA

De olho em uma vaga no STF, Augusto Aras acha normal cheques de Queiroz na conta da primeira-dama, e se nega a investigar Bolsonaro

O ministro decano do STF, Marco Aurélio Mello, vai decidir se aceita mais este 'engavetamento' do procurador geral da República

Por Jornal do Brasil
[email protected]

Publicado em 11/05/2021 às 12:12

Alterado em 11/05/2021 às 12:16

O PGR Augusto Aras, 'advogado' de Bolsonaro Pedro França/Agência Senado

O procurador-geral da República, Augusto Aras, rejeitou a abertura de uma investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por causa dos pagamentos de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), à primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

A decisão foi tomada em um ofício enviado ao gabinete do ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal).

O pedido de investigação foi feito ao Supremo em agosto do ano passado por Ricardo Bretanha Schmidt, um advogado de Santa Catarina.

Em notícia-crime enviada ao STF, o advogado citou reportagens que apontam que o ex-assessor depositou, na conta de Michelle, 21 cheques no valor total de R$ 72 mil, entre 2011 e 2016

No despacho, Aras afirmou que as "supostas relações espúrias" entre Flávio e Queiroz já são alvo de denúncia na Justiça do Rio de Janeiro, mas que aquelas investigações não apontaram "indícios do cometimento de infrações penais pelo presidente da República".

Segundo Aras, os indícios contra Bolsonaro "são inidôneos, por ora, para ensejar a deflagração de investigação criminal, face à ausência de lastro probatório mínimo".(com Folhapress)