INFORME JB

Por Jornal do Brasil

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INFORME JB

20 anos de Encontros JB: noite de afetos e saudade

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Por GILBERTO MENEZES CÔRTES
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Publicado em 27/04/2023 às 22:18

A Turma do JB reunida Foto: Artur Aymoré

O encontro anual dos antigos jornalistas do JORNAL DO BRASIL, criado pelo saudoso Sérgio Fleury na Fiorentina, no Leme, na 4ª feira 26 de abril, tinha duplo motivo de celebração no “Rio Scenarium”: a comemoração dos 20 anos destes encontros rememorava a trajetória de um dos mais brilhantes quadros do JB, Luiz Orlando Carneiro, falecido em janeiro deste ano. Uma cópia do obituário que publiquei aqui no JBonline, em 12 de janeiro, era distribuída a todos, junto com a máscara do eterno Fleury, ideia da viúva, Pimba.

Quando se reúnem dois ou três jornalistas que passaram pelo velho JB, há sempre uma relação de saudade que logo cai no lugar comum de tacharem todos de “viúvas do JB”. Desta vez, entre uma centena de “viúvos(as)”, notáveis viúvas estiveram presentes para reencontrar antigos colegas. Norma Coury, viúva do grande editor Alberto Dines, liderava a turma, secundada por Liege Quintão, viúva do saudoso Fritz Utzeri, um dos últimos editores do JB antes da venda do controle pela família Nascimento Brito a Nelson Tanure. Além de Pimba estavam Ana Arruda Callado, viúva do grande editorialista e escritor Antônio Callado, e ainda Martha Alencar, viúva de Hugo Carvana, e que trabalhou no JB nos anos 70.

Luiz O, como era conhecido, era um fazedor de amigos. Um deles é o hoje advogado, radicado em Barueri (SP), Arthur Aymoré, meu ex-colega da Economia do JB (Av. Brasil, 500), autor desta foto, que tive o prazer de rever depois de quatro décadas radicado em Brasília. Quando conheci Aymoré, no começo dos anos 70, ele trabalhava no Pedame (a famosa editoria de “Política e demais assuntos militares e eclesiásticos”). Sob a ditadura, era comum, além dos pronunciamentos oficiais de autoridades e políticos, os repórteres fazerem a exegese de uma Ordem do Dia de um chefe militar, a Homilia de um cardeal ou até o discurso de um governador ou prefeito. As entrelinhas tinham significados que precisavam ser explicados ao leitor. Com o tempo, Aymoré veio para a Economia. Cobria o Ministério da Fazenda e cuidava de um assunto árido (na minha visão): Imposto de Renda (de novo na ordem do dia).

Há muitos colegas do JB que a gente revê amiúde, ao longo dos meses. Outros só reencontramos nos Encontros JB. Outros, uma ausência desde o século passado, caso do fotógrafo Zeca Pinheiro Guimarães, que se mudou para Brasília, há anos, e não o vira mais. Outros colegas eram nossos “íntimos” do outro lado das telas da TV, como Paulo Cesar Vasconcelos, do SportTV, que continua com o DNA JB nas veias, apesar de três décadas distante. PC reencontrou outro ex-colega do Esporte, Mair Penna Neto, que brilhou também na política. Mas a maior surpresa foi reencontrar Sílvia Helena, minha ex-colega da Escola de Comunicação da UFRJ, na qual nos formamos, em dezembro de 1973. Ela depois trabalhou na geral do JB, nos anos 70. Mas a idade nos deixa sem memória: mesmo “conhecendo” Sílvia de um grupo de zapp, não a reconheci quando chegou, com Isabel Pacheco, no “Rio Scenarium”.

Perdão aos que não citei no texto. A foto homenageia todos (as) os que já vestiram a “camisa” do JB, como Gilberto Scofield (d).

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