Enquanto Paes quer derrubar, e com razão, Castro quer tombar ''palácio' 23 de julho'

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Por MARCIO.G

A própria foto não desmerece nossa bronca: olha o contraste do monstrengo de mármore com uma nesga do Palácio Tiradentes...

Não é preciso ser maior de idade para avaliar que o chamado "'Palácio' 23 de julho", a antiga-nova sede da Alerj, um monstrengo de mármore e vidro em meio às cercanias do Palácio - este, sim - Tiradentes e do Paço Imperial, e da Igreja do Carmo e do Arco do Teles etc etc, destoa completamente do visual na Praça XV. Qualquer criança de cinco anos percebe. Digamos que o tal prédio seja um primo de segundo grau da antiga Perimetral, que, graças a Deus, o Paes pôs ao chão quando mandou revitalizar do oiapoque do Museu Histórico Nacional ao chuí-chuá da Rodoviária, em seu primeiro mandato (ou teria sido no outro?)

Agora chega a notícia de que o desavisado governador tatibitati quer tombar o edifício como Patrimônio Histórico, e - pasme - para isso já teria inclusive acionado os experts do Iphan para chancelar tal aleivosia.

Inclusive, já há lei estadual autorizando Castro a fazer isso, ideia do deputado Dionísio Lins, do PP, que pelo nome não se perca. Diz a normativa que a antiga sede dos gabinetes dos deputados pode virar um centro cultural, se assim o tatibitati desejar.

Tudo já foi publicado no Diário Oficial dessa sexta (17).

"O Palácio 23 de Julho, localizado na Praça XV, no Centro do Rio, está desativado desde que a Alerj inaugurou sua nova sede em 2021. O novo endereço da Alerj abriga tanto os setores administrativos quanto os gabinetes parlamentares e as salas de comissões e plenário", diz comunicado à imprensa daquela casa legislativa.

Nossa sorte é a de que há vida inteligente nos gabinetes do Iphan. E também que o Eduardo Paes não desiste assim tão fácil.