INFORME JB
BC diz que governo deixa a desejar
Por GILBERTO MENEZES CÔRTES
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Publicado em 29/09/2022 às 14:08
Alterado em 29/09/2022 às 14:08
O casal Ciro Gomes ladeando a fisioterapeuta Maria Bonita Peixoto JB
Que o cidadão reclame, vá lá. Como contribuinte, que sustenta a máquina pública, ele tem todo direito de exigir retribuição do Estado (governos) na prestação de serviços públicos essenciais: saúde, educação, limpeza pública e segurança.
Mas, vejam o que diz o Relatório Trimestral de Inflação, que o Banco Central divulgou hoje, sobre o desempenho dos governos:
“Em serviços, a alta no 2º trimestre também foi disseminada, com destaque para os crescimentos em comércio, transporte, serviços de informação e no grupo “outros serviços”. O único segmento que recuou no trimestre foi o de serviços ofertados pelo governo”.
(...) “Após oito altas consecutivas, o setor de serviços situa-se 3,7% acima do patamar observado no 4ª trimestre de 2019”. E quem está atrasado?
O próprio RTI do Banco Central responde: “Entre os seus componentes, apenas serviços ofertados pelo governo ainda se encontram abaixo do patamar pré-pandemia”.
A tática de Ciro para ficar zen no debate
Atacado de todos os lados, pelo ex-presidente Lula, que quer tirar votos de seus eleitores para tentar vencer o presidente Jair Bolsonaro no 1º turno, domingo, o candidato do PDT, Ciro Gomes vai fazer uma imersão esta tarde no Hotel Windsor, na Barra, antes de seguir para os Estúdios Globo, em Jacarepaguá, com a massoterapeuta Maria Bonita Peixoto. A mulher de Ciro, Giselle Bezerra, que também é cliente, vai acompanhar a sessão.
Especializada em várias técnicas, da massagem profunda (o Rolfing) à medicina chinesa, que inclui a acupuntura, Cotinha, como é conhecida, cuida há 17 anos de Ciro Gomes, que se tornou amigo da família. E quem o apresentou a Ciro foi sua ex-mulher, Patrícia Pillar, que já conhecia o trabalho feito por Cotinha em outras atrizes globais.
Na campanha de 2018, ela também ajudou a Ciro ficar mais solto e menos agressivo nos revides às provocações.
Por sinal, o primeiro presidenciável que recebeu os cuidados de Cotinha foi o então candidato Luís Inácio Lula da Silva, na eleição de 2002. Hospedado no Hotel Glória, onde Cotinha atendia a dona do grupo, seus serviços foram oferecidos ao candidato, sob os olhares atentos de dona Marisa Letícia.
De carona pro voto
Se a decisão do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PDS), de decretar a gratuidade do transporte público no domingo,for seguido pelos administradores das principais capitais do país, aumenta muito a possibilidade de a eleição presidencial ser decidida no 1º turno, em 2 de outubro.
Com as seguidas reduções de impostos sobre os combustíveis, que também caíram nas refinarias da Petrobras, em função da baixa do petróleo e da gasolina nos mercados internacional, o presidente Bolsonaro estava facilitando o deslocamento dos seus apoiadores às zonas eleitorais.
Os eleitores mais pobres, que votam preferenciamente em Lula, dependem muito do transporte público.
Em muitas eleições no Rio (e no Brasil) o boicote dos donos de frotas de ônibus gerou forte abstenção e mudou o resultado das urnas.
Na campanha de 2018, o 1º turno teve 20,3% de abstenção. Que subiu para 21,3% no 2º turno.
Com a mão na massa
Maria Bonita, nome da mulher de Lampião, é catarinense e anarquista, mas aderiu ao PDT e, com seu grupo, trouxe pessoas importantes para o partido, como o ex-delegado Orlando Zaconne, do grupo Policiais Antifascistas.
Zaccone, candidato a deputado federal, era filiado do Psol. Mas, após conhecer Ciro Gomes num encontro para discutir segurança pública, com participação de Luiz Eduardo Soares, Ciro não só absorveu muitas ideias de Zaconne sobre Segurança Pública, como o levou para o PDT.
O cerco a Alcolumbre
E a Polícia Federal e o Gaeco são a nova preocupação do senador Davi Alcolumbre (União Brasil) em sua dura disputa com Soraya Furlan (MDB) pela vaga de senador pelo Amapá.
O vale tudo se intensificou na reta final das eleições. Soraya Furlan recorreu ao pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e notório aliado de Jair Bolsonaro, para bombardear Alcolumbre.
Para acirrar o clima, um dos aliados do ex-presidente do Senado, André Abdon, está sendo investigado pela PF e o Gaeco pela compra votos. “Rachadinhas” são expedientes muito usados por políticos para empregar cabos eleitorais que devolvem parte dos gordos salários ao próprio gabinete.
Pois o Amapá inovou: a compra de votos vem disfarçada em “raspadinhas”: o eleitor compra uma espécie de vale/rifa de cesta básica. O cidadão raspa uma tinta e aparece o nome de um candidato que é o patrocinar da cesta básica.