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'Não adianta ficar em casa chorando', diz Bolsonaro em dia com 1.452 mortes

'A vida continua', disse o profeta do caos

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Publicado em 12/02/2021 às 07:47

Alterado em 12/02/2021 às 11:37

Bolsonaro Reuters/Adriano Machado

No dia em que o Brasil divulgou o maior número de mortes pela covid-19, registradas em 24 horas, em 2021 (1.452 óbitos), nessa quinta (11), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar as políticas de isolamento social e defendeu a volta ao trabalho...

"A vida continua, temos que enfrentar as adversidades. Não adianta ficar em casa chorando, não vai chegar a lugar nenhum. Vamos respeitar o vírus, voltar a trabalhar, porque sem a economia não tem Brasil", disse o presidente durante sua live semanal.

Com os novos óbitos computados entre quarta (10) e quinta (11), o país chegou a 236.397 mortes causadas pelo coronavírus desde o início da pandemia, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa. Até então, o maior número de óbitos diários em 2021 havia sido registrado em 28 de janeiro (1.439).

A média móvel de óbitos dos últimos sete dias — 1.073 — também é a maior registrada neste ano. Este é o segundo maior período em que o Brasil apresenta média de mortes acima de mil em toda a pandemia. Ao todo, já são 22 dias. A sequência mais longa ocorreu entre 3 de julho e 2 de agosto (31 dias)

Durante a live, Bolsonaro ainda anunciou que deve conversar amanhã com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre a possibilidade de importar um medicamento experimental contra o câncer que pode ajudar na recuperação de pacientes de covid-19 hospitalizados.

"Em Israel é um spray [que estão testando], estamos em contato, já está acertado o encontro virtual [com Netanyahu] para falarmos sobre esse novo spray que está servindo, pelo menos experimentalmente, para pessoas em estado grave. Está em estado grave? Toma, poxa, vai esperar ser intubado?", questionou o presidente.

Ele também fez uma falsa equivalência ao comparar a ausência de evidências mais robustas sobre a eficácia do medicamento com o fato de as vacinas contra a covid-19 não terem registro definitivo na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ao contrário do spray testado em Israel, os imunizantes hoje utilizados no Brasil e no mundo têm eficácia, qualidade e segurança atestados por estudos clínicos.(com Uol)