MEIO AMBIENTE

Desmatamento na Amazônia aumentou 51% nos últimos 11 meses

Imazon apontou que devastação é a maior dos últimos 10 anos

Por Jornal do Brasil
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Publicado em 19/07/2021 às 16:49

Alterado em 19/07/2021 às 16:49

Área de extração de madeira na região de Apuí (AM) Foto: Reuters/Bruno Kelly

Um estudo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) revelou nesta segunda-feira (19) que a Amazônia Legal brasileira registrou 8.381 km² de desmatamento no acumulado dos últimos 11 meses - entre agosto de 2020 até junho de 2021 -, a maior devastação para o período em 10 anos.

O número significa também um aumento de 51% em relação ao período anterior, de agosto de 2019 a junho de 2020, quando a devastação do bioma foi de 5.533 km².

Segundo o relatório, a Amazônia perdeu em junho deste ano uma área de floresta de 926 km², território quase três vezes maior do que a cidade de Fortaleza.

O pesquisador do Imazon, Antônio Fonseca, explicou que o desmatamento registrado no primeiro semestre de 2021 é o pior da última década. "As áreas desmatadas em março, abril e maio foram as maiores dos últimos 10 anos para cada mês. E, se analisarmos apenas o acumulado em 2021, o desmatamento também é o pior da última década", explica.

Os dados apontam ainda que o calendário de desmatamento na Amazônia deve fechar em alta em julho deste ano - para acompanhar o início do período de chuvas no bioma, a análise é feita de agosto de um ano até julho do ano seguinte.

Ainda de acordo com o Instituto, 61% da devastação registrada no período aconteceu em terras privadas ou sob diversos estágios de posse. Já o restante foi em Assentamentos (22%) e Unidades de Conservação (13%). Somente 2% ocorreram em Terras Indígenas.

A destruição da floresta segue avançando pelo Pará e pelo Amazonas, primeiro e segundo estados do ranking dos que mais desmataram em junho. Juntos, eles somaram 568 km² de área devastada, 61% do registrado nos nove estados da Amazônia Legal.(com agência Ansa)

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