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Quarto suspeito de matar Dom e Bruno se entrega à polícia em SP

Gabriel Dantas disse que pilotava barco usado por criminosos

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 24/06/2022 às 08:51

Alterado em 24/06/2022 às 08:51

Protestos contra mortes de Bruno e Dom se espalham pelos grandes centros mundiais Foto: Epa

Mais um suspeito de ter participado do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips se entregou à polícia de São Paulo nessa quinta-feira (23), informou o órgão. Trata-se de Gabriel Pereira Dantas, 26 anos, que informou em depoimento que pilotava o barco usado pelos criminosos.

Conforme o depoimento, Dantas informou que estava em um bar bebendo quando Amarildo Oliveira, conhecido como Pelado, o chamou para pilotar um barco do tipo "rabeta". O homem afirmou que não sabia do assassinato e que Pelado atirou primeiro em Dom e depois em Bruno com uma espingarda calibre 16.

Após matarem os dois, rebocaram o barco das vítimas até uma área mais escondida da floresta, retiraram os corpos e esconderam os pertences.

Aos policiais, conforme o site, Dantas informou que morava no Vale do Javari porque foi "jurado de morte" por um grupo criminoso de Manaus. Depois do crime, ele fugiu para Santarém, no Pará, e foi de ônibus para São Paulo. O suspeito ainda disse que se entregou porque não aguentava mais "viver com a culpa" do crime.

Agora, Dantas deve ser encaminhado para a guarda da Polícia Federal.

O suspeito é o quarto envolvido no crime a ser preso. Antes dele, Pelado, seu irmão, Oseney da Costa Oliveira, conhecido como Dos Santos, e Jeferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha, já haviam sido detidos. Com exceção de Oseney, todos confessaram o crime.

Dom e Bruno desapareceram no dia 5 de junho e, na tarde daquele domingo, indígenas e a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) começaram a procurar pelos dois. Na semana, também a Polícia Federal e órgãos oficiais entraram nas buscas.

No dia 15 de junho, Pelado levou os agentes até o local onde os dois corpos haviam sido enterrados. Além de assassinados, ambos foram queimados e esquartejados antes de serem enterrados.

Dois dias depois, as identidades dos corpos foram confirmadas pela perícia da Polícia Federal. Nesta quinta-feira, a PF liberou os caixões para que os dois sejam velados e enterrados por seus familiares. (com agência Ansa)

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