Circe Bonatelli - O ministro das Comunicações, Fábio Faria, usou o encontro com o bilionário Elon Musk na manhã desta sexta-feira, no interior de São Paulo, para expor a visão do governo federal a respeito da Amazônia. A região se tornou centro das atenções da comunidade internacional após várias notícias sobre o avanço do desmatamento ao longo da administração de Jair Bolsonaro.

O Ministério das Comunicações reuniu o alto escalão do governo - incluindo o próprio presidente Bolsonaro - e a nata empresarial para um encontro com o bilionário dono da Tesla, SpaceX e que negocia a compra do Twitter.

Na reunião de abertura, Faria disse que o motivo de convidar Musk para uma visita ao Brasil foi "falar a verdade sobre a Amazônia" e mostrar muito mais do que o "darkside" (suas palavras) divulgado pela imprensa e por artistas.

Algumas semanas atrás por exemplo Bolsonaro chegou a trocar farpas no Twitter com o ator Leonardo di Caprio, que tem se envolvido em campanhas de preservação da Amazônia e pela participação de jovens brasileiros nas eleições.

O governo brasileiro tem demonstrado interesse também na potencial contratação da Starlink, empresa de internet por satélite de Musk, para atuar em regiões remotas do País, incluindo a Amazônia.

O encontro começou pouco depois das 10 horas no Hotel Fasano Boa Vista, na região de Porto Feliz (SP), a cerca de 100 quilômetros da capital estadual. Participaram cerca de 60 alunos do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e do Instituto de Tecnologia e Liderança (Inteli), centro de educação criado pelo BTG Pactual. Musk respondeu cerca de três perguntas dos estudantes.

O evento de hoje também conta com vários empresários, entre eles André Esteves (BTG Pactual), José Auriemo (JHSF), Rubens Ometto (Cosan), Rubens Menin (MRV), Rodrigo Abreu (Oi), Pietro Labriola e Alberto Griseli (TIM) e Christian Gebara (Vivo).

Depois dessa abertura, Musk iniciou uma série de reuniões fechadas, a começar com membros do governo e depois com empresários.

Estiveram no local os ministros Ciro Nogueira, Luiz Eduardo Ramos e Augusto Heleno, o ex ministro Tarcisio de Freitas, além do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. (com Agência Estado)