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Família de ambientalistas é executada no Sul do Pará

Pai, mãe e filha foram mortos a tiros e os corpos encontrados cerca de três dias depois da morte em São Félix do Xingu, no Pará. Todos atuavam como ambientalistas com ações de proteção a quelônios na região

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 11/01/2022 às 09:03

Zé do Lago, a mulher e uma filha foram mortos misteriosamente Foto; reprodução

Do Dol Carajás: A Polícia Civil em São Felix do Xingu, no Sul do Pará, investiga um triplo assassinato praticado contra uma família que residia as margens do Rio Xingu. A comunidade local foi pega de surpresa com a notícia dos homicídios das três pessoas, que eram conhecidas na região pela soltura de quelônios e por atividades de proteção ambiental na localidade onde moravam.

De acordo com as primeiras informações, o crime pode ter sido praticado há cerca de três dias, o que indica pelo estado de decomposição dos corpos quando foram encontrados. A família vivia na localidade conhecida como cachoeira da "Mucura", distante a cerca de 90 quilômetros da cidade de São Felix do Xingu.

A família composta pelo pai conhecido popularmente como "Zé do Lago", a esposa de prenome Márcia e a filha menor de idade Joene foi executada a tiros por desconhecidos. O corpo de Márcia foi encontrado boiando às margens do Rio Xingu, enquanto que os corpos do pai e da filha foram encontrados às proximidades da casa. Cápsulas de projéteis deflagrados no local revelam que a família foi morta a tiros.

De acordo com informações levantadas pela reportagem do DOL, Zé do Lago e esposa moravam há mais de 20 anos na localidade, onde desenvolviam um projeto ambiental de repovoamento das águas com filhotes de tartarugas.

Todos os anos Zé do Lago realizava a soltura de quelônios das espécies tracajá e tartaruga nas águas do Rio Xingu.

A reportagem tentou falar com o delegado José Carlos que está à frente do caso, mas o mesmo não pode comentar nada enquanto está ouvindo familiares da vítima no momento da ligação.

O crime chocou a população da cidade devido à família ambientalista ser muito conhecida na cidade e também pela forma cruel como foi assassinada.

A Polícia Civil segue investigando na tentativa de elucidar o crime.

 

NOTA DA REDAÇÃO JB:

O governador Barbalho precisa vir a público falar sobre o assunto.

 

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