No mesmo dia em que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), decidiu pautar uma proposta sobre liberação de jogos, o presidente da República, Jair Bolsonaro, reiterou a líderes evangélicos que vetará o projeto de lei.
Bolsonaro enviou uma mensagem a grupos de religiosos garantindo que, se texto passar no Congresso, será vetado.
Evangélicos condemam a prática.
Embora o veto, posteriormente, possa ser derrubado pelo próprio Congresso, e setores do governo apoiem a legalização dos jogos, Bolsonaro assumiu com os evangélicos o compromisso de barrar a medida. Mas há quem garanta que o discurso é apenas para agradar aos seus "fiéis" seguidores da bancada da Bíblia.
O argumento dos deputados favoráveis à liberação de todos os tipos de jogos (cassinos, bingos, jogo do bicho) é que ela vai aumentar a arrecadação de impostos e incentivar o turismo.
Segundo declarações de Arthur Lira, o projeto pode ser votado no plenário da Câmara ainda nesta semana.
Em outras oportunidades, Bolsonaro afirmou que vetaria o projeto. "Se porventura aprovar, tem o meu veto, que é natural, e depois o Congresso pode derrubar o veto", disse.
A declaração não desanimou os políticos entusiastas da legalização. Alguns setores do governo, como nos ministérios do Turismo e da Economia, sinalizam que a regulamentação dos jogos pode ser bem-vinda e gerar bilhões de reais ao governo, entre impostos, vagas de trabalho e fluxo de turistas. (com agência Sputnik Brasil)