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Garimpeiros fazem 'paredão' com 600 balsas contra fiscalização no rio Madeira

No comando de mais de 600 balsas clandestinas que avançam pelas águas do rio Madeira, no estado do Amazonas, garimpeiros prometem reação caso sejam abordados por ações de repressão

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 25/11/2021 às 08:59

Alterado em 25/11/2021 às 09:03

Vista aérea mostra centenas de jangadas de dragagem operadas por garimpeiros ilegais que se reuniram na corrida do ouro no Rio Madeira Foto: Reuters / Bruno Kelly

Apesar da atividade de extração de ouro ser ilegal e configurar crime ambiental, embarcações avançam há dois dias na região dos municípios de Autazes e Nova Olinda do Norte em busca de ouro.


 

Nesse processo de mineração, as embarcações revolvem o fundo do rio, sugam o material para filtrar o ouro e devolvem a água em seguida.

Essas operações geram extremo dano ambiental, porque acabam com todo tipo de alimento de centenas de espécies de peixes, comprometem a qualidade da água e geram assoreamento.

 

 

Em nota, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) informa que atividades de exploração mineral naquela região não estão licenciadas, portanto, são irregulares.

Em imagens publicadas nas redes sociais, é possível observar balsas, empurradores, barcos e todo o aparato para extração de ouro no rio. Os equipamentos formam uma vila flutuante em frente à comunidade.


 

Além da mineração, o Ipaam destaca em nota que pode haver outras possíveis ilegalidades que devem ser investigadas, tais como: mão de obra escrava, tráfico, contrabando e problemas com a capitania dos portos.

A mobilização no rio Madeira se deve à notícia que correu entre os garimpeiros de que teria sido encontrado um grande volume de ouro no local. Em situações comuns, essas balsas se mobilizam de forma independente. Dessa vez, porém, mais de 600 se dirigiram para a região. (com agência Sputnik Brasil)

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