BRASIL

'Frescura' para Bolsonaro, pandemia matou mais 1.699 pessoas, em 24h, no Brasil

'Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando? '

Por Jornal do Brasil
[email protected]

Publicado em 04/03/2021 às 19:41

Alterado em 04/03/2021 às 20:10

Mortes por Covid-19 impulsionaram altas em 2020 e 2021 Foto: Reuters/Bruno Kelly

O Brasil registrou mais 1.699 mortes e 75.102 casos decorrentes da pandemia do novo coronavírus Sars-Cov-2 no último período de 24 horas, elevando os totais para 260.970 e 10.793.732, respectivamente.

A informação foi revelada nesta quinta-feira (4) pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Com o novo número de óbitos, o país chega ao 43º dia registrando média de mortes acima da marca de 1 mil.

Este também é o terceiro dia em que a marca fica acima de 1,5 mil mortes. Segundo o boletim, as médias móveis de óbitos e casos em sete dias continuam subindo, com 1.353 e 57.610, respectivamente.

A taxa de letalidade da doença permanece em 2,4%, enquanto que a de mortalidade aumentou para 124,2 a cada 100 mil habitantes.

Em comparação com os dados da última quarta-feira (3), a quantidade de vítimas diárias sofreu uma leve redução, já que haviam sido registrados 1.910 mortes no dia anterior. Já o número de contágios subiu mais 3.398. Ontem, o Brasil teve a pior marca de mortes desde o início da pandemia, superando o recorde batido no dia 2 de março, quando 1.641 pessoas perderam a vida.

Atualmente, o território brasileiro vive o seu pior momento da emergência sanitária desde março do ano passado, sendo o segundo país mais afetado em todo o mundo.

De acordo com o levantamento da Universidade Johns Hopkins, em números absolutos, o Brasil está atrás apenas dos Estados Unidos (519.867) no ranking de países com mais óbitos decorrentes da Covid-19. Em relação aos dados de infectados, o país sul-americano fica na terceira posição, atrás de EUA (28.808.978) e Índia (11.156.923).

Em meio à aceleração nos números de casos e mortes no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar as medidas restritivas para evitar a propagação do novo coronavírus impostas pelos governadores e prefeitos.

Além disso, ele pediu o fim da "frescura" e "mimimi" e questionou por quanto tempo as pessoas vão continuar chorando. (com Agência Ansa)

'Frescura'

Hoje mais cedo, o presidente Bolsonaro declarou o seguinte, para produtores ruris, em Goiás - o vídeo circula nas redes sociais:

"Vocês não ficaram em casa, não se acovardaram. Nós temos que enfrentar nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos que enfrentar os problemas. Respeitar, obviamente, os mais idosos, aqueles que têm doenças, comorbidades. Mas onde vai parar o Brasil se só pararmos?"