Casa Branca critica Nobel da Paz por ignorar Trump

Prêmio foi concedido à venezuelana María Corina Machado

Por JB INTERNACIONAL

Presidente dos EUA fez campanha para faturar Nobel

A Casa Branca criticou nesta sexta-feira (10) o comitê do Nobel da Paz que escolheu a líder da oposição venezuelana María Corina Machado como vencedora e não o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O republicano fez uma campanha intensa, principalmente em meio aos esforços para chegar a um acordo de paz na guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, mas não conseguiu conquistar a honraria.

Segundo um dos porta-vozes oficiais da Casa Branca e diretor de comunicações do governo Trump, Steven Cheung, o presidente norte-americano seguirá "fazendo acordos de paz em todo o mundo, encerrando guerras e salvando vidas".

"Ele tem o coração de um humanitário, e nunca haverá ninguém como ele, capaz de mover montanhas com a força de sua vontade. O Comitê Nobel provou que eles colocam a política acima da paz", completou.

Questionado sobre a tentativa de Trump de vencer a premiação, o presidente do Comitê Norueguês do Nobel, Jorgen Watne Frydnes, afirmou que a decisão se baseia unicamente "no trabalho e na vontade de Alfred Nobel".

De acordo com ele, "na longa história do comitê do Prêmio Nobel, o comitê viu todo tipo de campanha e atenção da mídia" e já recebeu "milhares de cartas todos os anos de pessoas expressando o que, para elas, leva à paz".

"Esse comitê se reúne em uma sala repleta de retratos de todos os laureados, e essa sala está repleta de coragem e integridade. Portanto, baseamos nossas decisões exclusivamente no trabalho e na vontade de Alfred Nobel", segundo a qual o vencedor deve cumprir três critérios estabelecidos: promover fraternidade entre nações, reduzir a militarização e trabalhar pela paz.

Portanto, para o comitê, a política e ativista venezuelana foi escolhida por conta de seu "trabalho incansável para promover os direitos democráticos do povo venezuelano e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia". (com Ansa)