ONU condena atentados na Colômbia e pede por 'justiça'

Ataques em Antioquia e Cali foram considerados 'terroristas'

Por JB INTERNACIONAL

Caminhão-bomba em Cali matou ao menos 18 pessoas

A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou os dois atentados ocorridos na Colômbia nessa última quinta-feira (21), pedindo pelo "fim da violência" e por "justiça".

Os ataques, considerados "terroristas" pelo governo local, mataram ao menos 22 pessoas, entre civis e militares, e deixaram mais de 70 feridos.

Em Cali, no Valle del Cauca, a explosão de um caminhão-bomba nos arredores de uma escola de aviação militar custou a vida de seis pessoas e feriu dezenas. Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram veículos em chamas, casas destruídas e pânico entre a população. Um dos suspeitos pelo ataque foi preso.

Mais cedo, em Amalfi, na Antioquia, um helicóptero da polícia foi abatido por um drone enquanto controlava uma plantação de coca, resultando na morte de 12 agentes e ferindo outros sete.

O governo federal atribuiu os atentados a facções das extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

"Condenamos firmemente esses atos de violência. Nossa solidariedade às vítimas e suas famílias", declarou a ONU em um comunicado, reiterando a urgência de proteger os civis e levar os responsáveis à justiça.

Em Antioquia, inicialmente o ministro da Defesa, Pedro Sanchez, culpou o Clã do Golfo, o maior cartel de drogas da Colômbia, informando depois que a ofensiva contra o helicóptero veio de um grupo que se separou do Estado-Maior Central (EMC).

No X, o presidente Gustavo Petro anunciou que irá solicitar "que todas as facções da Junta do Narcotráfico sejam consideradas terroristas e processadas em qualquer lugar do mundo", incluindo "os dissidentes liderados pelo guerrilheiro Iván Mordisco, o Clã do Golfo e a Segunda Marquetalia".

Muitos dos grupos armados da Colômbia são financiados pelo comércio de cocaína. Após o acordo de paz entre o governo e as Farc em 2016, nem todas as facções aceitaram os termos. (com Ansa)