EUA condenam decisão de Moraes que prendeu Bolsonaro e prometem punir quem auxiliar ministro
Texto divulgado por conta do Departamento de Estado chama ministro de ‘violador de direitos humanos’ e pede que deixem ex-presidente falar
Por Pedro Augusto Figueiredo - O Departamento de Estado dos Estados Unidos, órgão equivalente ao Itamaraty brasileiro, condenou na noite desta segunda-feira, 4, a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) imposta pelo ministro Alexandre de Moraes e prometeu punições a quem auxiliar ou incentivar o ministro a continuar nessa direção.
Em nota publicada nas redes sociais, o Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental se referiu a Moraes como “violador de direitos humanos” e disse que ele coloca restrições à capacidade de Bolsonaro se defender em público.
“O juiz Moraes, agora um violador de direitos humanos sancionado pelos EUA, continua a usar as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender em público não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar”, diz a nota, em tradução livre.
“Os Estados Unidos condenam a decisão de Moraes que impôs prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliarem ou incentivarem a conduta sancionada”, finaliza o texto.