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'Irreversível', diz texto final da Otan sobre adesão da Ucrânia

Aliança ainda designou um enviado especial para o flanco sul

Por JB INTERNACIONAL
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Publicado em 11/07/2024 às 07:38

Alterado em 11/07/2024 às 07:38

Reunião da Otan Foto: Ansa

O documento final da cúpula de líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Washington, nos Estados Unidos, sublinhou que a adesão da Ucrânia é "irreversível", embora nenhuma data tenha sido especificada.

Além de afirmar que o futuro de Kiev está dentro da Otan, o documento apontou que os líderes celebraram os "progressos concretos" da nação após a cúpula de Vilnius, na Lituânia, principalmente sobre as "necessárias reformas democráticas, econômicas e de segurança".

O texto menciona que o convite aos ucranianos só deverá ocorrer "quando os aliados concordarem e as condições estiverem satisfatórias".

Após os pedidos de Itália e Espanha, a Otan decidiu designar um enviado especial para o flanco sul da aliança com o objetivo de reforçar a atenção no Oriente Médio e na África, bem como exortar a China a "interromper qualquer apoio material e político à Rússia". No entanto, o nome do representante ainda não foi especificado.

"A Itália está na linha de frente na defesa dos aliados orientais, mas não podemos ficar sozinhos. É fundamental no contexto da ameaça híbrida e global que enfrentamos. A designação é uma boa notícia e um ponto de partida. A Itália continuará trabalhando para que, no interesse de todos, as nossas prioridades sejam adaptadas a um mundo que está em mudança", declarou a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni.

A chefe de governo garantiu que Roma seguirá apoiando a Ucrânia, mas alertou que o auxílio deve ser "direcionado e eficaz". A política ainda anunciou que os gastos com defesa em 2024 aumentaram, além de dizer que o país precisa trabalhar por uma indústria defensiva "inovadora" e "competitiva".

"A Otan se confirma como a aliança mais confiável e coesa da história, tem contribuído para garantir a segurança e a liberdade das nossas nações. A aliança é capaz de ler os grandes movimentos em curso e se adaptar rapidamente a eles. A nossa união e determinação são os bens mais preciosos que possuímos", disse, Por fim, a Otan se comprometeu a dar à Ucrânia uma ajuda militar de ao menos 40 bilhões de euros até o próximo ano. (com Ansa)

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