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Bolívia prende 10 militares após tentativa de golpe de Estado

Bolívia prende 10 militares após tentativa de golpe de Estado

Por JB INTERNACIONAL
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Publicado em 28/06/2024 às 07:11

Alterado em 28/06/2024 às 07:11

o general Juan José Zúñiga pode ficar mais de 10 anos preso Foto: Ansa

Pelo menos 10 militares foram presos pela tentativa de golpe de Estado em La Paz, na Bolívia, que foi liderada pelo general Juan José Zúñiga, ex-comandante do Exército.

A informação foi confirmada pelo representante da delegação do país junto à Organização dos Estados Americanos (OEA), Héctor Arce, à margem da Assembleia Geral realizada em Assunção, no Paraguai.

O diplomata acrescentou que os ex-comandantes do Exército e da Marinha, Zúñiga e Juan Arnez Salvador, respectivamente, são os principais acusados de terem organizado e executado a tentativa de golpe.

Os militares responderão pelos crimes de terrorismo e insurreição armada contra o segurança e soberania do Estado.

O governo boliviano ainda estimou que a ação em La Paz resultou em 12 civis feridos.

Mercosul condena 

s países-membros e associados do Mercosul prestaram solidariedade ao presidente da Bolívia, Luis Arce, e condenaram a tentativa fracassada de golpe de Estado em La Paz.

Juan José Zúñiga e Juan Arnez Salvador, ex-comandantes do Exército e da Marinha, foram presos como artífices do golpe militar contra o mandatário boliviano e responderão por terrorismo e insurreição armada.

As tropas comandadas por Zúñiga, que estavam armadas e até usaram veículos blindados, tentaram invadir o Palácio Quemado, antiga sede do governo do país sul-americano, mas que ainda opera para atos protocolares.

"Os Estados Partes do Mercosul e Associados manifestam sua profunda preocupação e enérgica condenação às mobilizações de algumas unidades do Exército boliviano, que visam a desestabilizar o governo democrático do Estado Plurinacional da Bolívia, descumprindo os princípios internacionais da vida democrática e, em particular, do Mercosul", informou o comunicado.

"Da mesma forma, em consonância com os princípios do Direito Internacional, rejeitam qualquer tentativa de mudança de poder por meio da violência e de forma inconstitucional que atente contra a vontade popular, soberania, autodeterminação dos povos e que vulnerabilize a estabilidade política e social do país irmão", acrescentou.

O Mercosul e os países associados ainda expressaram "solidariedade e irrestrito apoio à institucionalidade democrática do governo constitucional do presidente Arce e suas autoridades democraticamente eleitas".

O Mercosul nasceu em 1991 e atualmente é formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Já Colômbia, Bolívia e Chile são os Estados associados. (com Ansa)

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