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Chefe da Otan insiste sobre liberar uso de armas pela Ucrânia

Itália afirmou que opiniões de Stoltenberg são 'pessoais'

Por JB INTERNACIONAL
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Publicado em 28/05/2024 às 09:50

Alterado em 28/05/2024 às 09:54

Secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg Foto: Reuters/Johanna Geron

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, insistiu nessa segunda-feira (27) em sua crítica sobre o impedimento para que a Ucrânia use as armas doadas pelos aliados para atacar a Rússia.

"A Ucrânia está de mãos atadas por causa das restrições ao uso das armas fornecidas pelo Ocidente.

Cabe aos aliados decidir sobre as restrições. Esta não é uma decisão da OTAN, é uma decisão de cada um dos aliados, que até agora tomaram diferentes decisões", declarou.

"A minha mensagem é que acredito que tenha chegado o momento para reconsiderar algumas restrições, porque a Ucrânia tem direito à autodefesa. Segundo o direito internacional, isso inclui o direito de atingir alvos militares legítimos fora da Ucrânia", destacou.

O posicionamento gerou controvérsias desde o último final de semana, inclusive com críticas de integrantes do governo da Itália, que se repetiram após as novas declarações de Stoltenberg.
"Esse senhor é perigoso, porque falar de terceira guerra mundial, de armas ocidentais, europeias e italianas que vão atingir e matar no coração da Rússia me parece muito, muito perigoso. Quem puder, pare-o", disse o vice-premiê e ministro dos Transportes, Matteo Salvini.

O também vice-premiê e chanceler, Antonio Tajani, disse que as afirmações do secretário-geral são "opiniões pessoais": "A Itália já decidiu: não estamos em guerra com a Rússia, não enviaremos um soldado italiano para combater na Ucrânia, e não somos favoráveis ao uso de instrumentos militares enviados à Ucrânia fora das fronteiras da Ucrânia". (com Ansa)