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Suíça convida Brasil para discutir paz na Ucrânia e Planalto sinaliza que vai se Rússia comparecer

A Suíça manifestou interesse de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participe da cúpula que pretende debater a paz entre Rússia e Ucrânia, em junho, informou o Itamaraty

Por JB INTERNACIONAL
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Publicado em 01/05/2024 às 08:29

Alterado em 01/05/2024 às 08:29

O chanceler Mauro Vieira Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, durante agenda do chanceler Mauro Vieira na Suíça, Berna manifestou sua intenção de poder contar com o Brasil na conferência que vai sediar em prol da paz na Ucrânia.

A cúpula, que vai acontecer entre os dias 15 e 16 de junho nos arredores da cidade de Lucerna, na Suíça, deve contar com a participação de diversos chefes de Estado, dentre os quais, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Mais de 100 países estão sendo convidados para o evento, e antes mesmo de receber o convite oficial o alto representante da diplomacia brasileira sinalizou que Brasília só aceita participar do debate com a presença da Rússia. O que ocorre, no entanto, é que o Kremlin já deixou claro que não pretende participar da iniciativa, já que considera o evento um projeto dos "democratas americanos". A informação é do G1.

O evento, que vem sendo debatido desde janeiro no âmbito da União Europeia (UE), foi um pedido do presidente ucraniano Vladimir Zelensky aos membros do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) e países como China e Índia.

O Brasil, bem como a China, entende que os russos devem participar de qualquer iniciativa internacional que debata a paz e passe por uma negociação com Kiev já que na avaliação da diplomacia de ambos os Estados, não é possível debater o conflito entre dois atores sem a participação de um deles.

Moscou já reiterou inúmeras vezes que não é contra as negociações pela paz, mas não vai participar dos debates na Suíça porque não considera Berna um ator neutro, uma vez que o país se uniu ao esforço unilateral ocidental nas sanções à Rússia, descredibilizando assim seu papel como mediador em relação ao conflito. (com Sputnik Brasil)