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Navio de ajuda para Gaza partiu de Chipre neste sábado; Estados Unidos pretende construir cais temporário de apoio

Por JB INTERNACIONAL
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Publicado em 10/03/2024 às 09:37

Crianças palestinas carregam panelas enquanto fazem fila para receber comida preparada em uma cozinha de caridade, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza Foto: Reuters/Saleh Salem

Um navio carregado com suprimentos de emergência para Gaza partiu de Chipre neste sábado, como parte dos esforços para ajudar uma população inteira à beira da fome.

A Comissão Europeia disse que um corredor de ajuda marítima entre Chipre e Gaza vai começar a funcionar já a partir deste fim de semana, num projeto-piloto dirigido por uma instituição de caridade internacional e financiado pelos Emirados Árabes Unidos.

O navio Open Arms, uma embarcação de propriedade de uma ONG espanhola e mais acostumado a resgatar imigrantes no mar, foi destacado para a primeira missão. Até a tarde deste sábado, o navio ainda estava no porto de Larnaca, em Chipre, segundo mostraram imagens ao vivo da Reuters TV, e as autoridades não forneceram um horário preciso de partida.

Chipre fica a cerca de 338 quilômetros a noroeste de Gaza, o equivalente a cerca de 15 horas de navegação.

Paralelamente, os Estados Unidos disseram ter a intenção de construir um cais temporário para levar ajuda a Gaza, que não tem infraestruturas portuárias. Também planeja utilizar inicialmente Chipre, que oferece um processo de rastreio de cargas que inclui funcionários israelenses, eliminando a necessidade de controles de segurança em Gaza.

As negociações sobre um possível cessar-fogo na guerra de Israel contra o Hamas continuam num impasse.

Caixas com arroz, farinha e proteína estavam sendo carregadas em Larnaca neste sábado, em uma operação organizada pela instituição de caridade World Central Kitchen (WCK) e financiada principalmente pelos Emirados Árabes Unidos.

As agências humanitárias alertaram para a questão da fome iminente cinco meses após o início da campanha de Israel contra o Hamas. A maior parte dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza estão agora desalojados dentro da região, com graves gargalos na entrega de ajuda nos postos de controle fronteiriços terrestres. (com Reuters)