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União Europeia lança corredor marítimo para enviar ajuda a Gaza

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Por JB INTERNACIONAL
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Publicado em 09/03/2024 às 06:02

Alterado em 09/03/2024 às 07:48

Palestinianos procuram refúgio, sem terem para onde ir Foto: RT Online

A União Europeia (UE) anunciou nesta sexta-feira (8) a abertura de um corredor marítimo para a distribuição de ajuda humanitária, incluindo alimentos e itens de primeira necessidade, para a Faixa de Gaza.

A iniciativa é organizada pelo bloco, junto com os Estados Unidos e os Emirados Árabes Unidos, e começou a ser testada a partir dessa sexta para estar totalmente operacional, se não houver problemas, durante o próximo final de semana.

O anúncio foi feito pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em sua passagem por Chipre, país idealizador da proposta.

"Hoje, juntamente com os Emirados Árabes Unidos e os Estados Unidos, com o apoio de outros parceiros cruciais, lançamos um corredor marítimo para fornecer a tão necessária assistência humanitária aos civis em Gaza", declarou ela.

De acordo com a líder do Poder Executivo da União Europeia, todos estão "muito perto de abrir o corredor marítimo entre Chipre e Gaza, com sorte no sábado ou domingo".

A primeira operação piloto começará hoje com um barco que partirá do porto de Larnaca para levar as primeiras ajudas a Gaza e testar o corredor.

A Comissão Europeia especificou que há um total de cinco países da UE que participam do projeto. Além de Chipre, a Itália, Alemanha, Grécia e Países Baixos também farão parte das operações de assistência, bem como o Reino Unido.

A adesão de Roma já havia sido antecipada pelo vice-premiê da Itália e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani.

"Aderimos à proposta, que é cada vez mais concreta, de um corredor humanitário marítimo. É uma ideia que nasce no Chipre para ajudar a população palestina", disse ele ontem.

A medida chega na esteira das mais de 100 mortes após as forças de Israel terem disparado contra uma multidão que aguardava a distribuição de comida no norte da Faixa de Gaza, em 29 de fevereiro.

O Exército israelense, no entanto, se justifica com o argumento de que foram os próprios palestinos que provocaram tumulto, pisoteando dezenas de pessoas. (com Ansa)