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Gangue no Haiti invade prisão e liberta quase todos os seus 4 mil detentos

Por JB INTERNACIONAL
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Publicado em 04/03/2024 às 08:58

Alterado em 04/03/2024 às 08:58

Colombianos presos acusados de participar no assassinato do presidente haitiano Jovenel Moise abrem portão dentro da Penitenciária Nacional em porto Príncipe, no domingo, dia 3 de março de 2024 Foto: AP Photo / Odelyn Joseph

Uma onda de caos varreu Porto Príncipe, a capital do Haiti, após uma gangue armada invadir uma prisão e liberar quase todos os seus detentos, neste sábado (2).

Aproximadamente quatro mil prisioneiros conseguiram fugir da penitenciária localizada a poucos quarteirões do Palácio Nacional, conforme relatado pela embaixada francesa e pela mídia local.

Os invasores, que estavam observando a prisão desde quinta-feira (29), conseguiram entrar no local e abrir as celas, permitindo a fuga em massa dos detentos.

Entre os fugitivos estão os membros importantes de gangues poderosas, conforme publicou o jornal Gazette d'Haiti.

A prisão, construída para abrigar 700 presos, estava superlotada, alojando 3.687 detentos em fevereiro do ano passado.

A fuga ocorre em meio a um clima de violência crescente em Porto Príncipe, desencadeado por apelos do traficante e ex-policial Jimmy Cherizier para a derrubada do primeiro-ministro Ariel Henry.

Cherizier, também conhecido como "Barbecue", lidera o grupo G9, uma aliança de gangues que controla cerca de 80% da capital haitiana.

O governo haitiano, liderado por Henry desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse em 2021, ainda não se pronunciou sobre o episódio.

Estima-se que dez pessoas morreram no episódio. O destino de Henry permanece desconhecido — esperava-se que ele voltasse de visita ao Quênia, onde assinou acordo de segurança para combater a violência das gangues. (com Sputnik Brasil)