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Presidente do STF defende soberania da Amazônia durante discurso em Davos

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Por JB INTERNACIONAL
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Publicado em 17/01/2024 às 14:40

Alterado em 17/01/2024 às 19:00

Luis Roberto Barroso participou de painel sobre a América Latina em Davos Foto: divulgação/STF

Um dos representantes da comitiva brasileira no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu a soberania do país sobre a Amazônia durante um painel sobre a América Latina. Pelo segundo ano consecutivo, o presidente Lula não participa do encontro.

Além de Barroso, participaram dos debates o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e a ministra das Relações Exteriores do Equador, Gabriela Sommerfeld.

Para o presidente do STF, um dos principais problemas na região da Amazônia atualmente é a segurança pública. Entre os principais crimes em alta, estão a extração ilegal de madeira, a mineração ilegal, a grilagem de terras e as queimadas, atividades que são as maiores responsáveis pelo desmatamento e destruição da maior floresta do mundo.

"O Brasil corre risco de perder a soberania da Amazônia, não para outros países, mas para o crime organizado", destacou.

Barroso ainda levantou pontos sobre o domínio de organizações ligadas ao tráfico de drogas na Amazônia, uma das principais rotas para escoamento dos materiais.

"Acho que mais recentemente tem se agravado o problema da segurança pública e da violência, e acho que precisamos incluir essa preocupação na agenda, em especial na agenda progressista […]. O pensamento progressista sempre negligenciou em alguma medida a questão da segurança pública, atribuindo-a tão somente à pobreza e à desigualdade, o que é um fato, mas pobre também precisa de segurança pública, e nós nos atrasamos", acrescentou.

Também participam das discussões do Fórum Econômico Mundial a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Já o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, esteve no evento no último domingo (14), quando houve uma reunião entre conselheiros de segurança sobre a situação na Ucrânia, sem a presença de nenhum representante russo. Para Amorim, a questão só será resolvida se houver convergência entre Kiev e Moscou através da abertura de um espaço de negociação, o que é rechaçado pelo presidente ucraniano, Vladimir Zelensky. (com Sputnik Brasil)