MUNDO

Israel recupera corpos de mais 3 reféns do Hamas em Gaza

Por JB INTERNACIONAL
[email protected]

Publicado em 15/12/2023 às 12:39

Alterado em 15/12/2023 às 12:39

Operação em Gaza localizou três corpos de vítimas do Hamas Foto: Ansa

O Exército de Israel anunciou nesta sexta-feira (15) que recuperou durante uma operação em Gaza os corpos de dois soldados e de um jovem franco-israelense que eram mantidos refém pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas desde o último dia 7 de outubro.

Segundo o porta-voz militar, os soldados são o cabo Nik Beizer e o sargento Ron Sherman, amos de 19 anos.

Já o cidadão franco-israelense é Elya Toledano, que foi sequestrado pelos militantes que invadiram o festival de música eletrônica de Reim.

"Durante a operação em Gaza, o corpo do refém Elya Toledano, 28 anos, foi recuperado pelas forças especiais do exército e repatriado para Israel", informou o Exército de Israel, que garantiu que os médicos forenses identificaram os restos mortais corretamente.

Toledano foi sequestrado por terroristas na rave de Reim junto com sua namorada Mia Schem, que foi libertada no mês passado como parte do acordo entre Israel e Hamas. Os familiares do jovem já foram informados da descoberta de seu corpo.

As autoridades israelenses estimam que mais de 130 reféns ainda permanecem em Gaza, 70 dias após o sequestro.

Em uma publicação nas redes sociais, a ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, expressou sua "imensa dor" pela notícia da morte de Toledano. "Compartilhamos a dor de sua família e entes queridos. A libertação de todos os reféns é a nossa prioridade", acrescentou.

Enquanto isso, representantes das famílias de israelenses mantidos reféns em Gaza reuniram-se com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em Nova York.

De acordo com a imprensa israelense, a reunião foi marcada por tensão, já que parentes dos sequestrados pelo Hamas e pela Jihad e levados para Gaza o pressionaram a fazer mais para garantir o retorno dos reféns. Eles também criticaram Guterres por não ter visitado Israel após o massacre.

Conforme o Canal 12, Yeela David, cujo irmão Eviatar foi raptado, disse a Guterres: "Se quer a paz, tudo bem, mas não pode dizer algo que justifique o massacre. Olhe-me nos olhos. Você tem que vir aos kibutzim, visitar Israel e ver o que nossos entes queridos passaram. Isto é o que um verdadeiro líder faz", declarou ela.

Outros parentes compartilharam sentimentos semelhantes, relatou o jornal "Times of Israel".

Por fim, Guterres expressou sua "total solidariedade" às famílias, classificou os sequestros como um "crime terrível", mas disse que, infelizmente, não tem poder para trazer seus entes queridos de volta para casa. No entanto, acrescentou que está fazendo todo o possível através de seus canais para sua rápida libertação. (com Agência Brasil)