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Equador retorna às urnas neste domingo para eleger presidente

Luisa González, candidata da esquerda, disputa votos com Daniel Noboa Azin, conservador e filho de um dos maiores bilionários do país; eleito governará país até 2025

Por Gabriel Mansur
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Publicado em 14/10/2023 às 15:38

Luisa Gonzáles e Daniel Noboa Fotos: Reprodução

O Equador retorna às urnas, neste domingo (15), para eleger o presidente que governará o país até 2025 - para completar o mandato de Guillermo Lasso, eleito em 2021, que optou por convocar eleições antecipadas para evitar a sua destituição pela Assembleia Nacional por acusações de corrupção.

Pela terceira vez consecutiva, o segundo turno fica polarizado entre as forças da direita e da esquerda, num país assolado pela corrupção, por uma grande crimalidade e pelo narcotráfico, além do clima de medo provocado pelo assassinato do então candidato Fernando Villavicencio. Os candidatos são:

  • Luisa González, de 45 anos, candidata de esquerda ligada ao ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), que recebeu 33,27% dos votos no 1º turno;
  • Daniel Noboa Azin, empresário liberal representante da centro-direita e filho de um dos maiores bilionários do país. Ele ficou com 23,685 dos votos

O resultado do primeiro turno prenuncia uma volta da esquerda ao Equador, que também venceu nas eleições regionais em fevereiro. A disputa será com um candidato que representa a elite econômica e empresarial, como ocorreu em 2021, quando venceu o banqueiro Guillermo Lasso, atual presidente.

Nos últimos meses, vários políticos e candidatos a cargos governamentais foram mortos no país. Diante da tensão provocada ao longo da jornada eleitoral, os candidatos votaram protegidos por esquemas de segurança sem precedentes, em particular o sucessor de Villavicencio, o jornalista Christian Zurita, que votou com coletes à prova de bala e capacetes. O governo declarou estado de exceção após o assassinato do presidenciaável, em 9 de agosto.

Além da violência, há uma crise institucional que deixou o país sem um Congresso nos últimos cinco meses, quando o impopular presidente Guillermo Lasso (direita) decidiu dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas para evitar um processo de impeachment por corrupção.

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