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Ao contrário do Brasil, Reino Unido cobrará passagem de 300 libras para resgatar britânicos de Israel

No governo Lula, a repatriação de mais de dois mil brasileiros (em Gaza e Israel) vem sendo feita sem custos

Por Gabriel Mansur
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Publicado em 13/10/2023 às 10:23

Alterado em 13/10/2023 às 11:03

Aeronaves da British Airways Foto: Divulgação

Se o Brasil já enviou três aeronaves da Força Aérea Brasileira a Israel e um à Faixa de Gaza, com a intenção de repatriar os seu cidadãos que estão 'presos' em meio ao conflito que já deixou mais de dois mil mortos, o governo do Reino Unido anunciou, nesta quinta-feira (12), que vai disponibilizar um voo comercial e cobrar uma taxa de 300 libras (cerca de R$ 1.80) para cada britânico que manifestar interesse de deixar a região.

“Os cidadãos britânicos vulneráveis serão priorizados. Entraremos em contato diretamente com aqueles que são elegíveis para os voos, e os cidadãos britânicos não devem se dirigir ao aeroporto a menos que sejam chamados”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido em comunicado.

Utilizar voos comerciais para operações como esta é um procedimento padrão das autoridades britânicas. "[O valor do bilhete] reflete apenas os custos de operação do voo", afirma o governo em seu portal na internet. O governo Lula, enquanto isso, já prepara mais três voos gratuitos para evacuar os brasileiros.

Operação brasileira

Até esta sexta, três grupos de brasileiros já foram repatriados em voos da FAB. Ao todo, segundo o Planalto, 494 brasileiros já foram resgatados. O Itamaraty afirmou, na última quarta (11), que mais de 2,7 mil pessoas já entraram em contato com as representações diplomáticas brasileiras em Israel e na Palestina. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o número não significa que todos solicitaram repatriação.

Fontes do governo e do Itamaraty calculam que a atual operação de repatriação de brasileiros (cerca de dois mil devendo retornar de Israel e da Palestina) já é considerada a maior feita pelo Brasil em situações de conflito. É maior, por exemplo, do que a retirada de brasileiros da Ucrânia, após o país ser invadido pela Rússia, em 2022. Naquela ocasião, houve dois voos (um KC-390 Millennium e um VC-99B Legacy). Foram retirados cerca de 300 brasileiros.

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