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Cassinos no Brasil geram debate entre ministro do Turismo e bancada evangélica

Por JB GAMES

Publicado em 05/05/2025 às 14:55

Alterado em 05/05/2025 às 16:40

. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O Brasil agora conta com a legalização das apostas online e trabalha para os cassinos físicos terem o mesmo destino em breve. Entretanto, isso gera debates entre apoiadores e oposição do projeto.

Com a regulamentação atual, o Brasil já pode se beneficiar de formatos práticos como os cassinos que pagam via Pix, oferecendo maior segurança aos apostadores. Saiba quando apostar e quando parar.

Em contrapartida, na questão das empresas físicas, mesmo com o projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados desde 2022, ainda é necessária a aprovação no Senado, e o tema deve ser votado em 2025.

Frente Parlamentar Evangélica argumenta contra

A bancada evangélica adota uma posição ideológica contra o projeto de legalização dos cassinos físicos no Brasil, favorecendo o travamento dos cassinos no Senado. Ciente disso, o senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO) está disposto a dialogar, mas o mesmo já classificou como uma discussão religiosa.

Portanto, a Frente Parlamentar Evangélica argumenta que o jogo pode prejudicar as famílias e a ordem pública, se tornando oposição no projeto. Um dos principais pontos defendidos é o risco do vício.

Gilberto Nascimento (PSD-SP), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, concedeu entrevista ao Poder360 e destacou que a liberação pode agravar uma situação que já tem impacto com as bets online.

Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, analisou o tema e, segundo ele, o momento atual não é favorável para se discutir os cassinos físicos no Brasil.

“Com toda essa repercussão negativa em torno das apostas online, não há ambiente político para votar isso agora. Não é prioridade para este semestre”, analisou Wagner.

Ministro do Turismo defende a regulamentação

Se existem opositores ao projeto, também existem muitos apoiadores, entre eles, o Ministro do Turismo, Celso Sabino, que defende a liberação dos cassinos físicos com base em estudos de impacto na economia.

“O projeto, na verdade, autoriza a instalação de cassinos em polos turísticos ou complexos integrados de lazer, como resorts e hotéis de alto padrão. Os cassinos também poderão ser instalados em embarcações marítimas, limitadas a 10 no país”, explicou o ministro ao Correio Braziliense.

Sabino ainda destacou que o projeto contou com mais de 400 votos favoráveis na Câmara dos Deputados, agora o foco é também conseguir a aprovação no Senado e, segundo ele, a questão da religiosidade não será um problema.

“Há cassinos em países evangélicos, cristãos. Isso não pode ser um impeditivo”, argumentou Sabino.

Com esse cenário, a legalização das apostas físicas no país ainda é um grande debate, mas o presidente Lula já declarou que irá sancionar a lei se avançar no Congresso.

Um dos pontos favoráveis para a liberação envolve o potencial de arrecadação na casa dos R$ 22 bilhões, além da movimentação do turismo e economia no país, já que a legalização resultará em ofertas de empregos para manter as empresas em funcionamento.

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