Jorge Jesus deixou sua marca no Flamengo e teve seu nome cantado mais uma vez na vitória do rubro-negro contra o Ceará. Entretanto uma volta é colocada como improvável, mesmo que o veterano treinador não esteja seguro em seu cargo no Benfica.

Independente da escolha, o Flamengo será um favorito nas casas de apostas para os campeonatos de 2022, seja o Brasileirão, Copa do Brasil ou Libertadores. Quem quiser conhecer os Bônus de boas-vindas das casas de apostas pode criar sua conta e ter um extra para fazer suas previsões.

As chances para o Flamengo são as mais baixas desde sua completa reformulação e início dos investimentos pesados em jogadores. Isso não deve mudar para o próximo ano, especialmente depois de um 2021 decepcionante. Apesar do título brasileiro de 2020 – decidido apenas em fevereiro de 2021 – o ano foi muito negativo para o torcedor, com a humilhante derrota na Copa do Brasil para o Athletico, com um 3 a 0 no Maracanã, a perda da final na prorrogação para o Palmeiras e o segundo lugar no Campeonato Brasileiro.

Se Rogério Ceni não resistiu mesmo sendo campeão nacional, Renato Gaúcho sabia que seu cargo estava condenado após a derrota em Montevidéu. E agora o time volta a buscar no mercado internacional um treinador. Mas há certas diferenças em relação ao momento que Jorge Jesus chegou.

 

Custo ainda maior

Quando Jorge Jesus chegou ao Flamengo, a cotação do euro estava por volta de 4,40, bastante menos que os 6,40 atuais – quase 50% a mais – e os valores não se restringem apenas ao treinador, mas a toda comissão técnica.

Marcelo Gallardo, um sonho de diversos clubes e até da seleção uruguaia, custaria 7 milhões de dólares por ano com sua enorme comissão.

Independente se o treinador cobrar em dólar ou euro, a desvalorização do real é um enorme complicador para o orçamento do clube, assim como uma alta multa em caso da relação não der certo.

 

Expectativas lá no alto

A pressão no Flamengo sempre é grande e com dois brasileiros e uma Libertadores nas últimas três temporadas, a torcida se acostumou a comemorar títulos grandes. Entretanto, quando Jorge Jesus chegou, o clube ainda não tinha conseguido traduzir o sucesso de sua retomada econômica em vitórias em campo.

Isso mudou com o português e vitimou não só Ceni e Renato Gaúcho como Domenec Torrent, demitido não porque perdeu títulos, mas porque o futebol apresentado não estava no mesmo nível do treinador anterior.

O treinador que chegar agora encontrará expectativas lá no alto e em certo momento até irreais. Muito por causa do ponto abaixo.

 

Calendário muito apertado e rivais fortes

O Flamengo disputará quatro competições no próximo ano e mais uma vez seu elenco terá que encarar um segundo semestre de decisões seguidas, já que deve chegar longe nos mata-matas e brigar pelo Brasileirão. O ritmo de jogos não será algo que treinadores estrangeiros estão acostumados e até quem está sendo bem-sucedido, como o português Abel Ferreira do Palmeiras, sofre com essa realidade.

Os rivais também estarão em seu melhor nível. O ano de 2019 do Palmeiras foi fraco após a conquista do Brasileirão no ano anterior. O Atlético-MG ganhou a ajuda de seus mecenas e um investimento gigantesco para subir no primeiro patamar do esporte nacional. Os três clubes voltarão a dominar as competições e possivelmente a dividir as taças, como quase aconteceu neste ano.

Ainda tem os “invasores”. O Athletico foi uma pedra no sapato do Flamengo em 2021 e também já tinha eliminado o Flamengo de Jesus na Copa do Brasil de 2019. O Corinthians está trazendo peças interessantes apesar de seus problemas financeiros. Times que não são favoritos podem ser uma boa aposta por causa dos retornos maiores.

O novo treinador do Flamengo terá que encarar uma realidade dura: ter um alvo nas costas a todo momento e grande pressão. Por isso, a diretoria parece não poupar esforços para trazer um nome de peso.