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Maria Luiza Nobre: Sol maior

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Claire

Com  a  rua São Clemente lotada de pessoas diante da  Prefeitura, chegamos ao recital de Claire Jones no RioFestivalHarp, no Palácio da Cidade. Tivemos a visão de um anjo, todo vestido de branco, entrando no salão.

Antes de tudo, atestamos que ótimas harpistas se apresentaram durante o festival, e até o final ainda irão se apresentar. Mas Claire, sendo a harpista oficial do Príncipe Charles, o Príncipe de Gales, representa o fascínio da dinastia dos Windsor, sobrenome da família real da Inglaterra.

Ficamos impressionados com o profissionalismo fantástico desta jovem.

Altamente segura, concentradíssima, e com a nossa grande admiração por ter feito um ótimo recital tanto no Museu da Favela, que aliás, foi um sucesso, quanto no palco do Palácio da Cidade. A afinação é impecável, o som lindíssimo, redondo e sedutoramente aveludado. A palheta sonora é invejável, quer dizer, tanto ouvimos sons piano e pianíssimos, quanto forte e fortíssimos. Sim, é possível esse colorido sonoro na harpa com a grande artista. Um detalhe bem interessante: como a harpa tem vários pedais, a sensibilidade dos pés faz-se necessária e Claire toca com sapatilhas de balé. Após cada obra executada, a artista conversava com a platéia e mostrava fotos suas tocando. Contou também que Kate Middleton, a então noiva, escutou todos seus CDs e escolheu o repertório para ser executado na harpa real, toda dourada, com o nome e o brasão do Príncipe de Gales. Disse também que o lindo vestido, com o colo salpicado de cristais, foi feito por David Emmanuel, o mesmo costureiro que fez o vestido de casamento da Princesa Diana. Entendemos e aplaudimos o porque do Príncipe Charles a ter escolhido como sua harpista oficial há quatro anos. È a primeira vez que a artista vem ao Brasil, e altamente generosa, tocou ontem no INCA para suavizar as crianças que lá estão internadas. Claire, o nosso real bravo da coluna!

RioHarpFestival

A última semana do evento apresenta hoje, às 12h30, o Trio d’Ambrósio, no Museu de Belas Artes; Kaori Otake, a grande artista do Japão, dia 27, às 12h30, no Museu Histórico Nacional, e às 18h o Ensemble Passarela, no Museu da República. Dia 28, ressurge Kaori Otake, às 18h no Palácio São Clemente; dia 29, às 11h30, Irantzu Agirre Arrizubieta, na Estação de Trem do Corcovado, repetindo o recital dia 30, às 12h30, no Museu da República. Dia 31, às 15h, com Vânia Ferreira e Helder Teixeira, no mesmo local. O encerramento será às 18h, na Igreja N.Sra.do Carmo da Antiga Sé, com a grande novidade, que será o lançamento da Orquestra Jovem Música no Museu. Regida pelo jovem maestro Anderson Alves, vem dar seqüência à aspiração da série em dar destaque a jovens talentos na cena brasileira, não só pelos concertos musicais, mas pelo Concurso Jovens Músicos, já na sua quarta edição.

Sala de concerto

Dia 27, às 17h, recital com o piano de Márcio Costa e o clarinete de Luiz Gustavo Carvalho com transmissão ao vivo da Rádio MEC.

Finep

Reunindo no palco o TrioPrisma, formado por Priscila Bonfim ao piano, Batista Jr. no clarinete e Marcus Ribeiro no violoncello, a tradicional série programou para dia 31, às 18h30, o recital em seu Espaço Cultural, com entrada franca.