No Japão, profissionais jovens são marginalizados pelo mercado de trabalho E nquanto a superpotência japonesa está em declínio e precisa aumentar sua produtividade, o país tem uma população jovem cada vez menor – e para a qual o mercado de trabalho não olha com bons olhos, preferindo manter o antigo quadro de funcionários em vez de contratar gente nova. O resultado é o baixo crescimento da economia e o desequilíbrio nos gastos com aposentadorias.
Os sociólogos advertem que a população mais velha está atravancando a economia do país por causa dos seus interesses, tornando ainda mais rígida e conservadora uma sociedade que, historicamente, preza a hierarquia.
A consequência é que o país acaba marginalizando e impedindo o avanço da juventude, mesmo quando precisa dela para criar novos produtos e empresas.
– Há um sentimento entre os jovens de que não importa o quanto se esforcem, não conseguirão progredir. Parece que todos os caminhos estão bloqueados – afirma Shigeyuki Jo, autor do livro A verdade sobre as desigualdades entre gerações .
As décadas de estagnação resultaram no aumento dos empregos irregulares, principalmente para os jovens. No ano passado, 45% dos profissionais com idade entre 15 e 24 anos tinham esse tipo de ocupação, o dobro dos mais velhos.