Algumas das principais ruas de Atenas, na Grécia, se transformaram
hoje em palco de conflitos entre manifestantes e policiais. A polícia grega
lançou bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que atiravam pedras
nos agentes públicos e usavam paus para se defender, enquanto sindicalistas
decretaram a partir desta terça-feira greve geral por 48 horas. É a quarta
paralisação geral registrada na Grécia apenas neste ano.
Os protestos são contra os planos de austeridade do governo grego, que incluem aumento de tributos e taxas públicas. De acordo com os policiais, pelo menos uma pessoa ficou ferida nos embates ocorridos em frente à Praça Syntagma (da Constituição), perto do Parlamento.
A Grécia enfrenta hoje a quarta paralisação geral em protesto ao pacote de medidas de austeridade. A expectativa é que o plano seja votado amanhã ou quinta-feira. A greve foi convocada pelos dois maiores sindicatos gregos - o GSEE, dos assalariados do setor privado, e o Adedy, dos empregados do setor público.
O plano, elaborado pelo governo, impõe aumentos de impostos e de taxas, além da suspensão de contratações para o serviço público. As medidas são exigências feitas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para liberar a última parcela – de 12 bilhões de euros (R$ 27 bilhões).
Os funcionários da aviação civil também aderiram à greve, provocando o cancelamento e adiamento de voos em todo o país. No porto de Pireu, próximo a Atenas, cerca de 200 manifestantes conseguiram impedir a movimentação de barcos.