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Ajuda ao Oriente Médio, tema de encontro em Bruxelas

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Os protestos que se multiplicam contra os regimes autoritários no mundo árabe estarão no centro de uma reunião na próxima quarta-feira em Bruxelas na qual funcionários de alto escalão de vários países, especialmente europeus e dos Estados Unidos, assim como da ONU, estudarão como coordenar sua ajuda.

"É uma reunião de coordenação da ajuda à região", indicaram nesta sexta-feira à AFP fontes diplomáticas, informando que não se trata de uma conferência de doadores e que o encontro não terá por objetivo a tomada de decisões.

"Será uma primeira troca de pontos de vista para avaliar a situação" e para que os esforços atuais sejam "mais coerentes", disseram as fontes.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, que na terça-feira viajará ao Egito, está por trás da iniciativa, da qual também participarão representantes egípcios e tunisianos, além de integrantes do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.

A missão dos Estados Unidos ante a União Europeia (UE) em Bruxelas comemorou a reunião, afirmando que "deseja coordenar com seus sócios o apoio às transições democráticas" na região.

Os Estados Unidos ofereceram na quinta-feira uma ajuda de 150 milhões de dólares ao Egito, após a saída do presidente Hosni Mubarak há uma semana como consequência de uma revolta popular.

A UE, por sua vez, programou há tempos uma ajuda anual de 150 milhões de euros (cerca de 200 milhões de dólares) entre 2011 e 2013 a este país.

O mundo árabe encontra-se em plena ebulição após as rebeliões populares na Tunísia e no Egito. Os protestos em outros países se estenderam nesta semana, com um saldo de mais de 30 mortos.