A violência ligada ao tráfico de drogas fez 30.196 mortes no México nos últimos quatro anos, das quais 12.456 ocorreram entre janeiro e 30 de novembro de 2010, informou o procurador de justiça mexicano Arturo Chávez, nesta quinta-feira.
"Foram 30.196 mortes desde o início do governo" de Felipe Calderón, em dezembro de 2006; 12.456 assassinatos foram registrados este ano", disse, em entrevista à imprensa.
Os óbitos são atribuídos a disputas entre os cartéis das drogas pelo controle das rotas para os Estados Unidos e às operações realizadas pelo Exército mexicano e a polícia federal, como parte de uma estratégia militar lançada por Calderón quando chegou ao poder.
"Esta cifra é lamentável, mas também significa um êxito maior no ataque a organizações criminosas, que estão mais desesperadas", acrescentou o procurador.
O número divulgado nesta quinta-feira representa um aumento de 6,8% nos últimos quatro meses. Em agosto, o governo havia revelado um registro de 28.250 homicídios.
O atual período de violência é considerado o mais intenso vivido pelo México desde a Revolução de 1910, que deixou um milhão de vítimas, numa década de confrontos.
Segundo Chávez, as zonas mais afetadas pelos homicídios são os estados do norte do país, na fronteira com os Estados Unidos.
Outras regiões afetadas são o litoral do Pacífico e o do Golfo do México, destacou o procurador.
"De uma lista de 24 narcotraficantes importantes, 14 deles estão fugitivos, enquanto outros dez foram mortos ou capturados", assinalou.
Lembrou também que o governo Calderón extraditou mais de 400 criminosos para serem julgados no exterior, 78 deles este ano, para os Estados Unidos.