Agência EFE
LONDRES - O Governo britânico quer que os adolescentes jurem lealdade à rainha Elizabeth II antes de deixar a escola, segundo planos sobre cidadania.
O plano, elaborado pelo ex-procurador-geral Lorde Goldsmith e divulgado hoje, pretende que os alunos expressem lealdade à soberana e ao país em uma cerimônia similar às que devem tomar parte os imigrantes que adquirem a nacionalidade britânica.
No entanto, a idéia do Governo foi criticada por sindicatos de professores e pelo grupo Republic, que faz campanha a favor da supressão da monarquia.
Segundo a Associação de Líderes das Escolas, a proposta não contará com o sinal verde de pais e alunos.
O porta-voz do Republic, Graham Smith, disse nesta terça-feira à 'BBC' que a idéia 'é ofensiva para as pessoas que avaliam a democracia e que avaliam as liberdades pelas quais lutamos durante séculos'.
Acrescentou que jurar lealdade à soberana seria um ataque à liberdade das pessoas.
No ano passado, o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, encarregou Goldsmith de elaborar o plano, depois que este deixasse o cargo de procurador-geral por causa da renúncia - em 27 de junho de 2007 - do ex-chefe do Governo Tony Blair.
Goldsmith analisou a forma como se adquire a cidadania em outros países europeus e na América do Norte.