Agência EFE
SANA - O braço iemenita da Al Qaeda assumiu a autoria dos atentados terroristas que causaram a morte de oito turistas espanhóis e dois belgas no Iêmen em julho do ano passado e em janeiro deste ano, respectivamente, informou a televisão 'Al Arabiya'.
A rede terrorista advertiu, em comunicado divulgado na internet, que tem planos de realizar outros atentados, e recomendou que os muçulmanos evitem ficar em lugares frequentados por ocidentais.
O comunicado, assinado pelas até então desconhecidas Kataeb Jund ul-Iemen (Brigadas dos Soldados do Iêmen), também qualifica o regime iemenita de 'apóstata' e ameaça realizar atentados contra as instalações governamentais nesse país.
Além disso, afirma que os ataques contra os turistas foram cometidos em represália pelas 'execuções e detenções' de membros do grupo violento no Iêmen, um dos primeiros países árabes que se aliaram a Washington na luta antiterrorista após os atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos.
- Estamos decididos a combater os apóstatas que se aliaram com os inimigos e não aplicam as ordens de Deus - diz a nota, segundo a imprensa árabe.
As autoridades iemenitas tinham atribuído à Al Qaeda o atentado suicida com carro-bomba de 2 de julho do ano passado na província de Marib, 170 quilômetros ao leste de Sana, no qual morreram oito turistas espanhóis e dois de seus acompanhantes iemenitas.
Além disso, as autoridades iemenitas anunciaram no final de janeiro a detenção dos quatro supostos autores do atentado do dia 18 daquele mês que causou a morte de dois turistas belgas e três acompanhantes iemenitas na província de Hadramaut, no sudeste do país.